Vinte fogem da cadeia

Vinte detentos escaparam das delegacias de Campo Largo e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Até a tarde de ontem nenhum deles havia sido localizado pela polícia. Em Campo Largo,

um buraco no vaso sanitário possibilitou a abertura de um túnel, por onde escaparam quinze detentos da delegacia local, por volta das 3h de ontem. O túnel terminava dentro do canil, mas o cão da raça fila não foi empecilho para os fugitivos, que passaram pelo animal, que nem sequer latiu. O cão só reagiu impedindo os policiais de entrar nos seus domínios.

A delegacia de Campo Largo, que tem capacidade para 30 presos, abrigava 83 antes da fuga. A maioria dos detentos aguarda vaga no Centro de Detenção Provisória (CP),

de São José dos Pinhais, que foi inaugurado em dezembro para resolver o problema da superlotação carcerária, na Região Metropolitana.

O presídio tem capacidade para abrigar 900 detentos, mas até agora somente 573 foram transferidos para o local.

Escaparam da delegacia de Campo Largo: Adilon de Camargo Rodrigues (preso por homicídio); Odenir Luiz Domingues da Silva (atentado violento ao pudor); Adenilson Aparecido de Araújo (tráfico de drogas); Arildo do Carmo Rubin Júnior (homicídio); José Ailton Aparecido (porte ilegal de arma); Paulo Dioni Lindolfo (roubo); Ismael Kirchbauer (tráfico de drogas); Célio Valdemar Soares (apropriação indébita); Pedro Ribeiro dos Santos (estupro), Ademir da Silva (furto); Valdecir da Silva (roubo); José Gaffer (porte ilegal de arma); Elias Barbosa (roubo); Daniel Willians Rolin (tráfico de drogas); e Vanderlei Vaz da Silva (homicídio).

São José

Nenhum dos cinco detentos que escaparam do Centro de Detenção Provisória (CDP), em São José dos Pinhais, havia sido recapturado até a tarde de ontem. O coordenador do Departamento Penitenciário (Depen), coronel Honório Olavo Bortolini, informou que já foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias da fuga e sindicância para apurar se houve falha humana.

Bortolini disse que não pode afirmar com certeza como os detentos escaparam, mas as primeiras informações apuradas foi de que teriam entrado pedaços de ferro dentro da carceragem, que os presos utilizaram para raspar uma das colunas. Depois retiraram mais ferros da própria estrutura da cadeia, afiaram a ponta, fazendo uma espécie de chave-de-fenda para ampliar o vão. Para passar pelo pequeno orifício, os presos se ensaboaram. Em seguida, teriam subido no telhado e de lá, ganharam a liberdade. "Isto é uma idéia do que teria acontecido. As circunstâncias estão sendo apuradas. Por enquanto não temos certeza de nada", salientou.

O coordenador do Depen disse que o concreto do Centro de Detenção, que foi inaugurado há menos de dois meses, também está sendo analisado para verificar se a qualidade facilitou o "trabalho" dos presos.

Continuam foragidos os assaltantes Gilson Alves de Assis, Cleverson dos Santos de Paula, Marlon dos Santos Pereira, Claudinei de Oliveira Silva e Thiago dos Santos Gomes. Ontem, o Depen divulgou as fotografias dos foragidos e solicitou às pessoas que souberem o paradeiro dos detentos que entrem em contato com a Polícia Militar através do telefone 190 ou com a delegacia mais próxima.

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