O início das obras de retirada das vigas dos últimos quatro andares do antigo “esqueleto” do Fórum, edifício que ficou inacabado no Centro Cívico durante anos, foi marcado por uma tragédia. Enquanto um grupo de operários trabalhava na cobertura do prédio, uma viga desabou, matando um homem e ferindo outro. O operador de martelete Reinaldo Alves Ribeiro, 33 anos, ficou sob os escombros e o corpo só foi retirado do local horas depois do acidente. O outro operário, Gilson dos Santos, 41, teve a perna direita esmagada pelo concreto e foi levado ao Hospital Cajuru.
O acidente aconteceu por volta das 17h40, quando funcionários da empresa Valor Engenharia trabalhavam na retirada da caixa de água da cobertura. Nesse instante, uma viga apoiada na caixa desabou sobre os dois homens. De acordo com Olanda Lima, 60 anos, que trabalha em local próximo, os gemidos puderam ser ouvidos à distância, denunciando a agonia dos feridos. Os soldados do Corpo de Bombeiros tiveram que usar britadeiras para destruir o concreto e chegar até o corpo.
Causa
De acordo com o representante do escritório regional da Secretaria de Estado de Obras Públicas, Rui Sérgio Polatti, os engenheiros e os técnicos de segurança da obra irão, a partir de hoje, apurar como aconteceu o desabamento, e em seguida enviar um relatório ao governo. Além disso, peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local e também deverão confeccionar um laudo, apontando a causa do desabamento.
Pollati afirmou que todos os operários trabalham com a máxima segurança e que haviam outros no momento do acidente, que não se feriram. Porém, em nota oficial enviada à imprensa, o governo diz que lamenta o acidente e determina que tanto a empresa Valor Engenharia quanto a Secretaria de Estado de Obras Públicas cerquem a obra de todas as medidas de segurança para que acidentes não se repitam. Por fim, a nota também cita que a Secretaria responsável determinou à empreiteira que seja prestada total assistência aos familiares de Reinaldo e do outro rapaz ferido.