Vai passear no Cajuru e acaba levando 3 balaços

O passeio de Rodrigo dos Santos Oliveira, 21 anos, pelas ruas do bairro Cajuru, terminou com um saraivada de tiros disparados em sua direção, no início da tarde de ontem. Três balaços o atingiram e ele caiu sem vida num gramado à margem da Rua Isauro Trinca, a algumas quadras de onde residia. Policiais militares que atenderam a ocorrência acreditam em um acerto de contas.

Dezenas de pessoas acompanharam o trabalho da polícia, porém não repassaram informações que pudessem auxiliar na elucidação do caso. De acordo com o aspirante Roncaglio, do Regimento da Polícia Montada, no local prevalece a "lei do silêncio" e ninguém quer se envolver com medo de represálias. Foi apurado que dois homens em bicicletas passaram pela vítima e um deles sacou uma arma e atirou por cinco vezes. Três tiros atingiram Rodrigo nas costas e braço. O Siate chegou a prestar atendimento médico à vítima, porém ela não resistiu. A autoria do crime recaiu sobre um indivíduo conhecido na região por "Bob Esponja". A Delegacia de Homicídios investiga essa possibilidade, porque no último dia 15 de fevereiro esse mesmo acusado teria matado Cristiano Bernardo, 20 anos, no final da Rua Dante Melara, também no bairro Cajuru. Caso a suspeita seja confirmada, a DH já possui a identidade de "Bob Esponja".

Família

Inconformada com a morte do filho, Maria Lúcia dos Santos fez um desabafo no local do crime. Disse que provavelmente Rodrigo foi morto por traficantes e que moradores da região sabem quem são, mas não os delatam por medo. "Não tenho medo dos traficantes. Vou correr atrás (de informações) nem que tenha que morrer por isso", gritou. Para ela, a região está tomada pelos traficantes e há necessidade de mais policiamento. Sobre o filho, ela disse que não era viciado, mas que fumava maconha, "assim como tantos outros meninos da área". Rodrigo já esteve preso uma vez ao balear um outro indivíduo. "Foi para defender a sogra e a mulher dele", justificou Maria.

Conforme informações da mãe, momentos antes de morrer, Rodrigo tinha levado seus dois filhos pequenos para a creche e, em seguida, passou na casa dela. Avisou Maria que ia dar uma volta e não retornou mais.

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