Turista francês assassinado em Foz do Iguaçu

O turista francês Pierre Le Goffic, de 73 anos, foi morto no final da tarde de anteontem em Foz do Iguaçu. Ele foi abordado por três assaltantes, dois deles menores de idade, a cerca de 60 metros do hotel onde estava hospedado com a esposa Pellerin Goffic, de 68. A polícia prendeu dois suspeitos, que foram reconhecidos por testemunhas, e o terceiro ainda está foragido.

O casal chegou na quinta-feira a Foz do Iguaçu, junto com um grupo de 32 pessoas. Eles foram abordados pelos assaltantes, por volta das 17h20, enquanto caminhavam nas proximidades do hotel. Segundo relato de Pellerin, os ladrões roubaram a pochete de Pierre e fugiram. Ao correr em direção dos ladrões, o francês foi derrubado no chão e atingido por um tiro no abdome. Dois dos assaltantes detidos têm 16 anos – e o foragido tem 18 anos. Os menores foram reconhecidos por pessoas que presenciaram o assalto, mas eles negaram a autoria.

O grupo de turistas deixou Foz do Iguaçu no início da tarde de ontem com destino ao Rio de Janeiro. Pellerin voltou para a França, onde irá aguardar a chegada do corpo de Pierre, que só deverá ser liberado durante a semana. Pierre era aposentado e havia trabalhado numa empresa de energia elétrica de Nantes, na França. Ele deixou três filhos, que não o acompanhavam na viagem.

Descaso

Para o vice-presidente da Associação brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) regional oeste, Camilo Rorato, o fato ocorrido em Foz do Iguaçu demonstra o total descaso das autoridades locais e estaduais na área de segurança pública. “O governador e a administração municipal têm que tomar consciência que a cidade é a porta de entrada do País, e por aqui passam autoridades de todo o mundo, que estão à mercê desses delinqüentes”, afirmou. Segundo Rorato, é preciso encarar a cidade como uma região de fronteira, reforçando a segurança. Além disso, a economia de Foz está baseada quase que exclusivamente no turismo, “e episódios como esse só atrapalham os investimentos que o setor faz para atrair turistas”, finalizou Rorato.

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