TRF nega liberdade a agentes da PF

 A 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região negou na última semana, por unanimidade, os pedidos de liberdade provisória de dois agentes da Polícia Federal presos em flagrante durante a chamada “Operação Sucuri”. José Alves Morato Neto e Nilton Santos Gonçalves estão presos em Foz do Iguaçu (PR) desde março deste ano, suspeitos de integrar uma organização criminosa acusada de contrabandear grande quantidade de mercadorias do Paraguai. Outros dois agentes presos na mesma ocasião, Paulo Jair de Souza e Paulo Biskup de Aquino, também tiveram seus habeas corpus negados pela turma em maio deste ano.

A prisão preventiva dos policiais foi decretada pela juíza da 1.ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, Alessandra Günther Favaro. Contra essa decisão, os agentes ingressaram com recursos no TRF. O desembargador federal Élcio Pinheiro de Castro é o relator dos habeas corpus no tribunal. Ele entendeu que não há, no momento, razão suficiente para revogar a ordem.

De acordo com Castro, existem indícios de envolvimento dos policiais federais com a atividade criminosa, obtidos principalmente a partir da transcrição de dezenas de ligações telefônicas interceptadas. Conforme a decisão da Justiça Federal de Foz, esses contatos por telefone evidenciam a participação dos servidores públicos nos delitos. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os denunciados deixavam de fiscalizar táxis e vans conduzidos por outros integrantes da quadrilha, responsáveis pelo transporte das mercadorias do Paraguai para o Brasil. Os números das placas eram fornecidos previamente, como demonstram algumas das transcrições anexadas ao processo.

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