Tratador de galo é “engaiolado”

Ao oferecer dinheiro para "trocar" galos de briga dentro da sede do Batalhão de Polícia Florestal (BPFlo), Wellington César Veira, 40 anos, e Gustavo Henrique de Freitas, 35, foram detidos, sob a acusação de corrupção ativa, na sexta-feira à noite. Wellington, que tratava os galos de briga apreendidos pela PM, disse que recebeu um telefonema informando que poderia trocar os animais.

Tudo começou no sábado, dia 25, quando os policiais do BPFlo descobriram uma rinha de galos em São José dos Pinhais. A polícia recolheu gaiolas de madeira, parecidas com armários, onde as aves eram guardadas e apreendeu 44 galos. "Um deles ficou cego depois de brigar por menos de 20 minutos", comentou o capitão Lestechen. O policial mostrou alguns apetrechos, como bicos de aço e esporas de plástico, usados para aumentar a violência das disputas.

As aves apreendidas ficarão na sede do BPFlo até a audiência judicial, marcada para terça-feira, quando será definido o destino delas. Até a decisão da Justiça, Wellington trataria os animais. "Não tenho nada a ver com as rinhas, só me comprometi a cuidar dos bichos", afirmou. Como havia galos que valiam mais de R$ 10 mil, o tratador queria trocá-los por outros de menor valor, pois soubera que as aves seriam sacrificadas.

Na tarde de sexta-feira, conforme o detido contou, ele recebeu uma ligação telefônica dizendo que poderia trocar os bichos. Mais tarde, descobriu-se que o telefonema foi dado de um orelhão do Uberaba. Wellington, Gustavo e um adolescente foram até a sede do batalhão levando 11 galos "baratos". "Eles ofereceram R$ 2 mil e subiram a oferta até R$ 4,8 mil aos policiais, para realizar a troca", acusou o capitão. Com os detidos foram apreendidos R$ 4.487,75 e US$ 225,00.

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