Zacarias Pacheco dos Santos, 35 anos, apontado até o momento como o principal suspeito da morte dos jovens Silvana Francisco Alves, 16 anos, e Alécio Plens Medeiros, 15, ainda não foi interrogado pelo delegado José Roberto Jordão. De acordo com o superintendente Sérgio, da delegacia de São José dos Pinhais, o delegado está colhendo depoimentos de testemunhas para conseguir embasamento para interrogar o detido. Ontem, um casal de adolescentes que teria visto Silvana e Alécio entrar em um veículo na noite em que possivelmente morreram foi ouvido na delegacia. “Vamos pegar o depoimento de outras testemunhas. Possivelmente, Zacarias será interrogado amanhã”, disse o policial.
As investigações continuam no intuito de tentar descobrir o carro que foi utilizado no seqüestro dos jovens – até o momento seria uma Brasília -, identificar o proprietário do veículo e o número de ocupantes, informou Sérgio.
Zacarias continua detido na delegacia de São José dos Pinhais pois é foragido da Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, desde 13 de novembro de 1996. Ele é condenado a 24 anos por um crime que envolveu estupro, roubo e assassinato e chegou a cumprir nove anos antes de fugir.
O suspeito viveu junto com a mãe da garota que foi assassinada, mas ela rompeu o relacionamento cerca de quinze dias antes de o crime acontecer.
Investigação
Segundo o delegado José Roberto Jordão, Silvana e Alécio foram vistos sábado num ponto de ônibus da Colônia Rio Grande, onde moravam. Testemunhas também observaram na região uma Brasília amarela, ocupada por três pessoas. Logo o carro desapareceu, assim como os adolescentes. No ponto de ônibus, a polícia encontrou depois marcas de sangue. O delegado suspeita que os jovens foram levados na Brasília até a chácara próxima ao Parque Náutico do Iguaçu, onde foram amarrados com uma corda de náilon e estrangulados.