Em razão do aumento de ocorrências de furtos e roubos agora no fim do ano, provocado pela maior movimentação de pessoas, principalmente nas áreas centrais, a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba está superlotada.
Na última terça-feira, quando a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) visitou as dependências da delegacia, foram verificados 102 presos, enquanto a estimativa é que o espaço seja destinado para cerca de 30 detentos apenas.
A comissão voltou à delegacia após receber apelos dos detentos. “Meses atrás, quando visitamos a delegacia, havia 63 presos e a situação já era um problema. A superlotação também é conseqüência do bom trabalho desempenhado pelo delegado”, afirmou a advogada Isabel Kugler Mendes, integrante da comissão da OAB.
Na ocasião, presos estavam alojados inclusive nos corredores. A interdição da delegacia já foi pedida anteriormente pela OAB, mas acabou sendo negada pela Justiça.
O delegado Luiz Carlos Oliveira negou que a situação enfrentada essa semana na Furtos e Roubos fosse atípica e não autorizou a entrada da reportagem de O Estado nas dependências da delegacia para verificar a situação dos presos.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou, no entanto, que a delegacia dispõe de 52 camas para os detentos e que, até o fim da tarde de ontem, a delegacia estava com 96 presos. Ainda segundo a Sesp, na última terça-feira dez presos foram transferidos e outros dez devem ser transferidos nos próximos dias.