Suspeito da morte de uma mulher no Capão da Imbuia, o soldado Adirlei Cesarine, lotado no Centro de Operações Policiais Militares (Copom), apresentou-se ontem à polícia. Acompanhado de um advogado, ele foi ouvido na unidade em que trabalha e depois encaminhado à Delegacia de Homicídios.
Cesarine é suspeito da morte de Edicléia de Jesus de Souza Ferrareto, 42 anos, assassinada a tiros, às 5h30 de domingo, dentro da casa dela na Rua Ambrósio Truchen, no Capão da Imbuia. O delegado responsável pelo inquérito, Wilson Jacob, preferiu não comentar o caso. Para justificar, evocou uma determinação do Conselho Superior de Polícia, que restringe declarações sobre processos envolvendo policiais civis ou militares. Após o depoimento informal, Cesarine foi liberado. O delegado deve convocar testemunhas do crime para uma acareação com o suspeito.
Pela corporação da PM, o acusado não sofrerá qualquer tipo de sanção e continuará trabalhando normalmente no Copom. De acordo com o capitão César, do Comando de Policiamento da Capital (CPC), o soldado somente será responsabilizado por seu ato se a Justiça o decretar culpado, ou se for determinada a prisão preventiva dele. “O que for determinado pela Justiça nós cumpriremos”, informou o oficial. No dia do atentado, o PM estava de folga, à paisana e utilizava arma própria, nada que o relacionasse à corporação.