Servente executado na saída do bailão

O servente de pedreiro Clóvis Domingues de Oliveira, 24 anos, ousou passar a noite em um bailão, na área em que mora um grupo de inimigos. Quando voltava para casa, foi atacado por dois homens, levou dois tiros na cabeça e caiu morto na Rua Rosa Branca, esquina com Rua das Orquídeas, Vila Santo Antônio, Cachoeira, em Almirante Tamandaré. A polícia tem o nome de dois suspeitos do assassinato.

Os tiros foram ouvidos, às 5h30 de ontem, pelo pai de Clóvis, José Alves de Oliveira. Como estampidos são comuns na região, José não deu importância – até que um vizinho bateu à porta para avisar que o filho dele era a vítima.

Casado e pai de três filhos, Clóvis era querido nas redondezas, disseram José e a vizinhança. Mas nos últimos tempos arrumou inimizade com um grupo que vive numa vila próxima. Por conta disso, acredita a família, a casa em que morava foi atingida por seis tiros há alguns meses. Ninguém se feriu na ocasião.

Contrariando vários conselhos, o servente saiu de casa às 22h de sábado com destino ao bailão freqüentado pelos inimigos. Lá dentro não houve incidentes graves, mas ao sair, Clóvis foi baleado a uma quadra de casa. Ele morreu segurando a carteira sem dinheiro, o que de início fez a Polícia Militar suspeitar de um latrocínio.

Mais tarde uma testemunha contou ter visto dois homens subindo a rua, rindo, momentos depois dos tiros. “Eram membros do grupo que tinha rixa com a vítima”, disse o investigador Rocha, da Delegacia de Almirante Tamandaré, acrescentando que Clóvis tinha dívida de R$ 100,00 num bar da região dos rivais. Os nomes dos suspeitos foram informados à polícia local, que agora tenta identificá-los oficialmente.

Voltar ao topo