Capital do sangue

Série de homicídios assusta a população de Curitiba

Curitiba foi manchada de sangue, com seis homicídios em um intervalo de poucas horas, entre a noite de sábado e madrugada de ontem. A série de crimes começou no Umbará, onde dois amigos – o dono de um imóvel e o inquilino – faziam um churrasco, na Rua Irmã Vitorina Meneghetti. O proprietário da casa contou que foi à cozinha lavar um prato e ouviu alguém chamar seu amigo, Vilson Alves Prates, 43 anos, no portão. Em seguida, escutou uma discussão e dois tiros.

Quando voltou, o homem se deparou com Vilson na janela da cozinha, ensanguentado, pedindo socorro. Um dos tiros atravessou a mão de Vilson e acertou seu peito. O outro atingiu a perna direita. A vítima morreu em poucos minutos e o amigo não conseguiu ver quem era o assassino.

Portão

Ainda na noite de sábado, Luiz Altheim de Gregório Dallagrana, 27, foi assassinado, na Rua Vital Brasil, esquina com a Rua Doutor Pedro Ribeiro Macedo da Costa, no Portão, a cerca de 30 metros de sua casa. Ele levou dois tiros na cabeça. Os vizinhos contaram à polícia que ouviram um disparo e, após um breve intervalo, mais dois estampidos. Não escutaram discussões ou barulho de veículo e só viram o corpo de Luiz caído na rua.

Um familiar disse a investigadores que o rapaz era usuário de drogas e vivia de bicos. Na casa da vítima, há câmeras de segurança, que podem ter filmado o crime. Na residência havia uma Saveiro prata, que a polícia tenta verificar de quem é, pois não estava em nome da vítima, nem de ninguém da família. Além de seus pertences, Luiz carregava um soco inglês, que foi apreendido pela Delegacia de Homicídios.