Tanque na reserva

Sequestro relâmpago termina com bandido preso na Linha Verde

Pela segunda vez apenas nesta semana, uma ação de sequestro relâmpago foi frustrada e um assaltante foi preso. Desta vez, a vítima conseguiu fugir e pedir socorro.

A mulher foi abordada na Rua Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Capão Raso, dentro de um Palio. Ela relatou à polícia que o assaltante colocou a arma pela fresta do vidro do motorista, anunciou o assalto e ordenou que ela dirigisse para ele.

Um ladrão entrou pela porta do passageiro e outro ficou no banco de trás. Enquanto ela conduzia o carro, eles reviraram a bolsa da vítima e tiraram todos os cartões da carteira.

A todo tempo proferiam ameaças, e chegaram ao ponto de dizer que mataram uma pessoa no dia anterior, e que não teriam problemas em matá-la também. Quando chegaram na Linha Verde, os assaltantes mandaram a vítima ir para o banco de trás, e um deles assumiu o volante.

Eles perceberam que o tanque de combustível estava na reserva, e decidiram parar em um posto de combustíveis. Assim que o ladrão entregou a chave para o frentista, a mulher soltou o cinto, abriu a porta e saiu correndo do carro, gritando por socorro.

Os assaltantes também correram, mas um deles foi capturado. Dorival Santos de Souza, 32 anos, foi encaminhado ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (CIAC/Sul).

Uma história parecida aconteceu na noite anterior. Também em um Palio, um rapaz foi abordado por dois assaltantes no Água Verde. A namorada testemunhou o seqüestro e avisou a Polícia Militar, que conseguiu localizar o veículo horas depois. Um assaltante foi preso e outro conseguiu fugir. A vítima foi resgatada do porta-malas do carro.

Prevenção

De acordo com o delegado Amarildo Antunes, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, há formas de se prevenir contra o sequestro relâmpago. ‘Se a pessoa sentir que é seguida por alguém, é importante que mude o trajeto para ter certeza e então pare no primeiro posto policial que encontrar. Todos também podem pedir que o limite de saque no banco seja baixo‘, conta.

Caso não seja possível evitar o sequestro, a recomendação é não reagir. ‘É melhor não fazer nenhum movimento brusco, que pode ser entendido como uma reação. Se a pessoa conseguir se manter calma, pode até acalmar os assaltantes‘, lembra.

Durante a ação criminosa, todo detalhe que a vítima conseguir observar, como uma tatuagem, uma placa de carro, as roupas e a forma de falar dos assaltantes, podem ajudar a polícia a localizá-los posteriormente.

Assim que for libertada, a vítima deve acionar o quanto antes a Polícia Militar, e buscar a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. O mesmo vale para as testemunhas.

‘A sociedade tem que participar, faz parte do papel de cidadão. Basta ligar para o 190 se perceber qualquer coisa diferente, qualquer ação suspeita. Não precisa se identificar‘, ressalta o delegado.