Em busca de respostas

Sem solução, família de Tayná protesta contra impunidade

Cerca de 50 pessoas participaram na tarde de sábado do protesto que relembrou o assassinato da adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos, morta há um ano e cujo caso ainda está sem solução. No ato, familiares e amigos próximos da vítima também pediram celeridade na conclusão do caso e o fim da violência na cidade de Colombo.

Os manifestantes se reuniram em frente ao terreno onde ficava o parque de diversões no qual os quatro suspeitos do crime trabalhavam. No local, foram estendidas faixas que pediam justiça e a prisão dos assassinos de Tayná. Durante o protesto, a Rua Presidente Faria, que corta do bairro de São Dimas, foi bloqueada durante 10 minutos.

Após o bloqueio, os manifestantes realizaram uma oração e seguiram em direção ao terreno onde o corpo de Tayná foi encontrado, localizado na Rua Marcos Cardoso. Em frente à área, amigos e familiares que participavam do protesto deixaram as faixas no chão e promoveram uma salva de palmas em homenagem à adolescente. “Hoje é um dia para lembrar que a justiça é falha. A polícia fez a parte dela, mas infelizmente houve falha da perícia. Tiveram que desenterrar o corpo da minha irmã para refazer a autópsia. Sabemos que o IML de Curitiba está sucateado e é por isso que eu tenho certeza que os quatros suspeitos do crime são os assassinos da minha irmã”, desabafou Márcia Fernanda da Silva, irmã de Tayná

Márcia ainda questionou as ações de direitos humanos promovidas pelos órgãos competentes do estado do Paraná. “São 365 dias de noites mal dormidas, mas nunca enviaram um psicólogo para acompanhar a situação de toda a minha família. Agora para os assassinos da minha irmã teve todo o tipo de ajuda do pessoal dos direitos humanos.Isso é uma vergonha. Todo o dia eu penso em desistir, mas não vou fazer isso. Vou até o fim e ver os assassinos da Tayná julgados e presos”, disse. Quatro funcionários do parque de diversões foram detidos após o assassinato de Tayná e confessaram o crime. Dias depois, porém, voltaram atrás e disseram que a confissão foi feita mediante tortura, por parte de policiais da delegacia do Alto Maracanã. As torturas foram comprovadas em perícia. Eles foram enquadrados no sistema de proteção a testemunhas.