Rapaz torturado até a morte

Folhas e gravetos ocultavam o cadáver da vítima de um cruel assassinato. O corpo de Cristiano Gonçalves Ficher, 24 anos, desaparecido desde quinta-feira, foi encontrado às 11h20 de ontem por uma mulher que catava lenha no bosque existente entre as ruas Antônia Molina Belo e Osvaldina Greneman Brange, Vila Verde, Cidade Industrial.

O jovem teve a cabeça esfacelada a tijoladas e pauladas – a Polícia Científica recolheu as armas do crime – , e as costas marcadas por uma misteriosa inscrição feita a faca. Os assassinos ainda tentaram atear fogo ao corpo, mas apenas a cabeça foi parcialmente queimada. Alguns pedaços de plástico ficaram grudados na pele do rapaz. Só depois da tentativa frustrada de incendiar o cadáver os autores o esconderam com gravetos.

Sumiço

O pai da vítima falou aos policiais militares J. Silva e Blanc, do 13.º Batalhão, que Cristiano foi visto pela última vez quinta-feira à noite, bebendo em um bar da vila. Desde então, era considerado desaparecido. “Provavelmente foi morto na quinta ou na madrugada de sexta. O corpo já estava em decomposição”, falou o soldado Blanc, que não obteve com moradores do bairro informações precisas sobre a autoria do crime.

Cristiano teve problemas com entorpecentes, mas segundo a família trocara o vício das drogas pelo alcoolismo. “Era ainda suspeito de cometer furtos na região”, disse Blanc. Os PMs não conseguiram apurar se a vítima tinha antecedentes criminais.

Na pele das costas de Cristiano foi marcada a inscrição “OP”, em letras de aproximadamente 10 centímetros. “Aqui no bairro existe um gangue chamada Os Pivetes”, disse Blanc, sugerindo a provável origem das iniciais, e, conseqüentemente, do crime. O caso agora está nas mãos da Delegacia de Homicídios.

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