Rapaz seqüestrado está morto

O seqüestro do auxiliar de produção Cleverson Barros Garcia, 19 anos, ocorrido no último dia 4, terminou de forma trágica. O corpo do rapaz foi encontrado, na manhã de ontem, em avançado estado de decomposição, jogado em um matagal no bairro Contenda, em São José dos Pinhais. Segundo a polícia, o rapaz foi morto por engano.

Pela manhã, tanto a família de Cleverson quanto os policiais da delegacia de São José dos Pinhais, receberam ligações anônimas, indicando que o corpo estava jogado às margens da rua de terra João Greborge. Os irmãos do auxiliar de produção e os investigadores Carvalho, Ediel e Thelo, fizeram várias buscas pela região, e, por volta das 11h30, encontraram a ossada. O rapaz foi reconhecido pelas roupas que usava quando foi seqüestrado – calça de moletom preta, camiseta da mesma cor e tênis branco.

De acordo com o perito criminal Silvestre, o rapaz foi assassinado há vários dias. No local, o perito identificou pelo menos dois tiros no crânio da vítima. A família credita o encontro do corpo à divulgação da foto de Cleverson e do telefone de sua casa, na matéria publicada ontem pela Tribuna. ?Acho que alguém sabia e, quando viu o nosso número no jornal, ligou. Ele era um rapaz bom, trabalhador, não tinha antecedentes criminais, nem vícios. Era pai de um bebê que completou 11 meses no dia do seqüestro. Ninguém está preparado para esse tipo de situação, pois a gente acha que isso só acontece com os outros?, disse Gerson Barros Garcia, 35, um dos irmãos da vítima.

Engano

De acordo com os policiais civis, as investigações estão avançadas e podem resultar em prisões nos próximos dias. Segundo a polícia, o rapaz foi morto por engano. ?Ele teria sido confundido com um marginal ao ser seqüestrado. Ao perceber o engano, os criminosos o executaram?, disseram os investigadores.

Cleverson foi seqüestrado na frente da casa de sua sogra, na Rua Paulina Pallu, Jardim Independência, no mesmo município. Ele estava com a esposa, a sogra e a cunhada, quando três homens se aproximaram e o levaram até a esquina da rua. Lá ele foi obrigado a entrar em um veículo Golf. Cleverson, que morava com a esposa e o filho no Boqueirão, completaria 20 anos no dia 14 de agosto, data em que provavelmente já estava morto.

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