Rapaz saiu com amigos e apareceu morto

Pouco depois de sair de casa para ver o carro na oficina, o adolescente Júlio César da Rocha, mais conhecido como "Julião", 17 anos, foi executado na noite de terça-feira. Com tiros na cabeça e segurando as chaves do carro na mão, ele foi morto por volta 22h30 na Rua Coronel Arthur Ferreira de Abreu, próximo ao cruzamento da Rua Paulo Kissula, no Capão da Imbuia.

Júlio César havia saído de sua residência, na Rua Beija-flor, na Vila Trindade, por volta das 21h40, acompanhado por amigos, mas ao ser encontrado morto seus amigos haviam desaparecido. Segundo comentários no local, Júlio, ou "Julião", teria se envolvido numa briga entre gangues do Cajuru. No IML, familiares se limitaram a afirmar que o jovem havia sido morto por traficantes, apesar de alguns parentes negarem que o adolescente tivesse envolvimento com drogas. O superintendente Miguel Gumiero, da Delegacia de Homicídios, também acredita que a droga motivou o crime.

Premonição

Talvez prevendo o que pudesse acontecer, seu irmão Alex disse ter pedido a Júlio que não saísse de casa, mas seu apelo não foi atendido. "Ele disse que ia ver o carro na oficina", contou, acrescentando que amigos acompanhavam seu irmão. Segundo relatou, Júlio não tinha envolvimento com drogas, nem passagem pela polícia. "Tinham ?prometido’ ele", denunciou, referindo-se a uma suposta ameaça de morte. O motivo, de acordo com Alex, seria rixa entre grupos de adolescentes. "Ele gostava de sair, se divertir, como qualquer um", acrescentou. Nessas saídas, Júlio teria se envolvido em alguma confusão.

Miguel Gumiero reclamou que a família não forneceu as mínimas informações possíveis sobre o que teria acontecido. "Eles não querem colaborar. Por isso acreditamos que este homicídio também está ligado ao tráfico. Além disso, a região onde aconteceu o assassinato é dominada por traficantes", salientou o policial.

Voltar ao topo