Rapaz morto com mais de 20 tiros

Na porta dos fundos de sua casa, Luiz Sérgio Maciel, 29 anos, o “Polenta”, foi surpreendido com mais de 20 tiros. O homem morreu na cozinha, diante do olhar assustado de seus dois filhos, às 19h de ontem, na Rua Alexandre Alves Maciel, Planta Cruzeiro, em Piraquara. Um amigo que o visitava correu para se salvar, fugindo pela porta da frente. Suspeita-se de algum acerto de contas, apesar de a esposa da vítima negar que Luiz tivesse alguma dívida.

Luiz preparava o mingau de seu filho de 5 meses, quando os assassinos o chamaram duas vezes pelo apelido. Da porta ele disse que não era o “Polenta”. Mesmo assim, seguiu-se uma saraivada de balas de pistola e o homem tombou morto. De acordo com o levantamento do perito Victório, da Polícia Científica, feito no local do crime, pelo menos 18 tiros atingiram o peito do homem e as suas costas.

Medo

No sofá da sala, conjugada à cozinha, estavam o bebê, o outro filho de Luiz, de 2 anos, e João, um amigo de infância da vítima, que tinha ido visitá-lo. Com os tiros, João se assustou, abriu a porta da frente e se jogou no mato em frente à casa. “Eles atiraram contra mim, mas nem olhei para trás”, disse ele. O homem não soube precisar se eram duas ou quatro pessoas que invadiram a casa.

De acordo com a investigadora Jô e seu colega Hélio, da delegacia do município, o guarda-roupas do quarto estava com as portas abertas e as roupas reviradas. A cena dava a entender que os bandidos passaram pelas crianças e invadiram a casa em busca de algo.

Drogas

Cristiane, amásia de Luiz, estava desesperada. Segundo ela o companheiro fumava maconha, mas não tinha dívidas ou problemas com traficantes. “Se ele devesse algum dinheiro eu ficaria sabendo”, afirmou, explicando que era ela quem pagava as contas da família. “Eu trabalhava e ele cuidava das crianças, já que estava desempregado”, completou.

Cristiane disse ter visto na noite anterior um carro branco – que pode ter sido um Gol – parar e buzinar em frente a sua casa. Depois o veículo foi embora e ela ficou sem saber quem estava nele.

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