O gráfico Gustavo Henrique Ropava, 19 anos, atropelou sete pessoas na Rua Nova Esperança, Sítio Cercado, na noite de sábado. Todas foram encaminhadas a hospitais, três em estado grave. Ele estava bêbado e não possui habilitação para dirigir. Gustavo está preso e vai responder por lesão corporal culposa na direção de veículo, conduzir embriagado e dirigir sem ter a habilitação, pelo Código de Trânsito, além de lesão corporal, na esfera criminal.

No fim da tarde de sábado, Gustavo emprestou de um amigo o Golf placa IIX- 8958, para buscar a namorada. Ele retornava com a jovem, quando passou pela Rua Nova Esperança em alta velocidade, arrastando pessoas e lixeiras.

Átila Alberti
Gustavo está preso.

Gustavo só parou o automóvel a 100 metros de onde atingiu as duas primeiras vítimas. Algumas delas foram arrastadas alguns metros e uma mulher parou com a cabeça caída debaixo de um carro estacionado. Quando a primeira ambulância do Siate chegou ao local, havia pelo menos nove pessoas caídas pela rua, gramados e calçadas, sete delas atingidas diretamente pelo carro.

Bêbado

O rapaz desceu do veículo e tentou se esconder numa casa, mas foi encontrado e contido até a chegada da polícia. Ele confessou que havia bebido em casa durante a tarde. O exame de bafômetro, feito por policiais do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), confirmou embriaguez.

Gustavo, morador da Rua Açaí, no Sítio Cercado, está preso na Delegacia de Delitos de Trânsito. O amigo que emprestou o carro foi multado e indiciado por entregar veículo a pessoa não habilitada. Algumas das vítimas já foram liberadas e outras permanecem internadas.

Picareta contra velocidade

Márcio Barros

Moradores reclamavam que rua precisa de lombada. (Foto: Anderson Tozato)

Na tarde de ontem, moradores protestaram, trancando a rua e queimando pneus e madeira. No meio da quadra, fizeram uma valeta no asfalto, com picareta. O comerciante Dediel da Silva Santos relatou que várias vezes presenciou atropelamentos na Rua Nova Esperança. “Enquanto as ruas ficarem sem sinalização e sem redutores de velocidade, isso vai continuar acontecendo”, disse.

Dediel contou que fez um abaixo-assinado que foi entregue a um vereador, mas recebeu a resposta de que nada poderia ser feito, pois caso fosse colocado uma lombada, os caminhões que utilizam a via perderiam embalo. “É justamente por esse motivo que precisamos da lombada”, completou.