Presos por vender ?gato? de TV a cabo

Foto: Anderson Tozato/O Estado

Vários aparelhos de operadoras de TV de sinal fechado foram encontrados na oficina da Antônio.

Duas pessoas foram presas, na tarde de sexta-feira, acusadas de desviar aparelhos de empresas de TV à cabo, adulterá-los para que transmitissem todos os canais gratuitamente e revendê-los no mercado negro. Antônio Stresser França e um rapaz de nome Rodrigo, que recebia os aparelhos para revendê-los à Antônio, foram detidos em flagrante.

Segundo Sérgio Zattar, advogado da TVA, a empresa desconfiou dos vários pedidos em nome de Juliana da Cunha, que solicitou seis instalações, e Geni Terezinha Serafim, que pediu outras duas. Após as instalações, os valores devidos pelos clientes não eram pagos, e quando a empresa os procurava para cobrar o valor ou recolher os aparelhos, já não moravam mais no endereço. Ainda de acordo com o advogado, Juliana e uma outra pessoa de nome Ricardo, alugavam vários endereços e em cada um deles, solicitavam assinaturas à TVA, NET e DirectTV. Ao término de cada instalação, retiravam os aparelhos e os vendiam à Antônio por R$ 30, que adulterava o equipamento e os revendia a R$ 300.

Antônio já foi funcionário de uma prestadora de serviços da TVA, e disse que os equipamentos encontrados em sua oficina pertenciam à clientes, que deixaram lá para conserto. Confessou que comprou uns dois ou três aparelhos de Rodrigo para tirar peças de reposição, afirmando não revendê-los a ninguém. O advogado rebateu a explicação, dizendo que, como ex-prestador de serviços da TVA, ele sabe que os aparelhos, sob consignação, são trocados quando há defeitos e o cliente não deve, por conta própria, procurar manutenção. Por isso, Antônio deveria saber que estava cometendo um crime.

Já Rodrigo acusa Juliana – que diz ser sua prima – e o namorado dela, Ricardo, de terem o usado como ?laranja?. Ele disse que por umas três vezes o casal solicitou a instalação da TV, nas residências deles, e que toda vez que os instaladores estavam para chegar, Juliana e Ricardo davam uma desculpa e pediam a Rodrigo que aguardasse os instaladores e sumiam. Também o orientavam que, após a instalação, esperasse o Antônio buscar os aparelhos e deixasse R$ 30 em troca.

Em 2004, a empresa teve uma ocorrência semelhante, e os estelionatários foram presos. Desde então, nenhuma fraude como essa havia sido verificada, até que há 30 dias, desconfiaram das solicitações em nome de Juliana da Cunha. Os detidos foram levados ao 1.º Distrito (Centro), onde foram ouvidos e liberados. Juliana e Ricardo estão foragidos.

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