Receptação virtual

Preso suspeito de vender pela internet produtos furtados

Um rapaz foi preso suspeito de vender pela internet produtos furtados de residências em Curitiba. Os ladrões procuravam sempre residências de casais que trabalhavam o dia inteiro, arrombavam as casas e fingiam, para os vizinhos, que eram responsáveis pela mudança dos moradores.

As investigações da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) começaram quando aumentou o número de boletins de ocorrência da mesma forma de agir dos ladrões. Foram pelo menos cinco arrombamentos em Santa Felicidade e nas Mercês. Eles procuravam as residências que ficavam a maior parte do dia vazias e contratavam caminhões de mudança, dizendo que os moradores estavam de mudança. “A princípio, as transportadoras não tinham envolvimento com a quadrilha”, ressalta o delegado Rodrigo Souza, da DFR.

Internet

Os policiais detiveram Allan Fernandes Nardis, 21 anos, no fim de semana. Na residência dele, na Vila Nossa Senhora da Luz, Cidade Industrial, foram apreendidos eletroportáteis, máquinas de lavar roupas, televisores de vários tamanhos e modelos, computadores e impressoras, entre outros produtos, avaliados em aproximadamente R$10 mil. Ele foi preso por receptação, também com uma Frontier furtada, mas a Justiça concedeu-lhe a liberdade provisória no início da tarde de ontem.

Alguns dos produtos apreendidos já foram entregues para três vítimas. De acordo com a polícia, Allan não tem antecedentes criminais e alegou que apenas comprava os produtos para revendê-los. As investigações continuam em busca dos outros envolvidos na quadrilha.

Site

Allan revendia os produtos furtados no site OLX, que apenas cede o espaço para que os fornecedores entrem em contato com clientes. O site deixa claro no item “Termos e Condições” que não tem nenhuma responsabilidade “pela veracidade dos dados especificados pelos usuários, nem pela qualidade e demais detalhes daquilo que é ofertado”. A venda de serviços e produtos ilegais e de mercadorias furtadas ou roubadas está na lista de proibições do site e pode ser denunciada pelos usuários. A polícia orienta os compradores a exigirem sempre a nota fiscal dos produtos, mesmo que eles sejam usados, para ter a certeza da procedência deles.