Preso suspeito de participação na morte de Bruno Strobel

O último envolvido no assassinado do estudante Bruno Strobel Coelho Santos, 19 anos, foi preso por policiais da Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC), na manhã desta segunda-feira (26), na frente do escritório de seu advogado, no bairro Boqueirão. Dos sete acusados de participar do crime, o vigilante Leônidas Leonel de Souza, 33 anos, era o único que estava foragido da Justiça. Ele chegou a se apresentar no fórum de Almirante Tamandaré, durante o período eleitoral, quando só são permitidas prisões em flagrante. Dois dos acusados já foram condenados e o restante aguarda julgamento.

Há 15 dias, investigadores faziam campana na Rua Isaias Regis de Miranda, depois de receber denúncia que Leônidas apareceria no escritório de seu advogado, que atende o acusado desde 2007. Por volta das 11h30 desta segunda-feira, os policiais confirmaram a informação e prenderam Leônidas quase em frente ao escritório. Contra o vigilante, havia mandado de prisão preventiva, que foi renovado em agosto deste ano pelo Fórum Criminal de Almirante Tamandaré (Região Metropolitana de Curitiba).

De acordo com o delegado Marcelo Lemos de Oliveira, titular da DVC, no ano passado Leônidas se apresentou no Fórum de Almirante Tamandaré. Ele foi citado na audiência, mas liberado devido à lei eleitoral, que proíbe qualquer pessoa de ser presa cinco dias antes das eleições.

“Foi um trabalho de persistência e perseverança. Nossa equipe confiou na informação recebida e cumpriu o mandado de prisão que chegou à DVC em agosto pelo sistema online”, disse o delegado.

O vigilante foi indiciado por homicídio qualificado, tortura e ocultação de cadáver, e será encaminhado ao Centro de Triagem II, em Piraquara. Dos outros seis envolvidos no crime, Marlon Balem Janke, 33, e Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 29, foram condenados respectivamente a 23 e 13 anos de prisão em regime fechado, em agosto do ano passado. Eles estão presos desde maio de 2008. Eliandro Luiz Marconcini, 29, Roberto Prado Franchi, 34, Ricardo Cordeiro Reysel, 36, e Emerson Carlos Roika, 38, também presos desde 2008, aguardam julgamento.

Crime

Em outubro de 2007, Bruno foi flagrado por Marlon pichando o muro de uma clínica, no Alto da XV. O vigilante o deteve e pediu apoio a colegas da empresa de segurança. O jovem foi levado até uma oficina de motos, onde foi torturado por funcionários da Centronic.

Bruno foi espancado por mais de uma hora e pintado com o próprio spray. Depois, foi jogado no porta-malas de um Gol e levado até uma ribanceira, no bairro Tranqueira, em Almirante Tamandaré, onde foi executado com dois tiros. O corpo foi encontrado uma semana depois.