Presidiário assassinado em briga de gangues

Jovens armados e orientados para a violência fizeram mais duas vítima no Xapinhal, sábado de madrugada. Edson Luiz Rocha, 30 anos, foi morto com vários tiros em frente a um bar, na Rua Francisco Claudino Ferreira, às 5h30. Seu amigo, Ricardo Alexandre Santos, 27, foi baleado na perna quando tentava lhe prestar socorro. Ele foi encaminhado ao Hospital Evangélico, por socorristas do Siate e policiais militares.

A primeira hipótese levantada pela polícia é a de que o crime aconteceu em uma briga de gangues. Naquela região existe duas turmas, uma no Pirineus e outra no Xapinhal, que alimentam uma rixa. Segundo informações levantadas pelos investigadores Denise, Alexendre, Santos Dumont e Laertes, da Delegacia de Homicídios, teriam sido integrantes da gangue “do Beco” que atiraram contra os dois amigos. Esse grupo seria “chefiado” por um indivíduo conhecido por “Gnomo”.

Bar

Um irmão de Edson ficou dentro do bar, enquanto ele e Ricardo passaram a conversar fora do estabelecimento, que começava a fechar as portas. Segundo testemunhas, um rapaz de bicicleta e dois a pé se aproximaram e começaram a atirar contra Edson. Ricardo foi ajudar o amigo, mas foi impedido com um tiro na perna. Depois, os assassinos fugiram deixando o ferido e a vítima fatal caídos na rua.

Suspeita-se que o trio estaria de tocaia para cometer o crime. Cerca de 15 minutos antes dos tiros, a Polícia Militar abordou um grupo de pessoas em uma esquina perto do bar. “Foi só a polícia virar as costas que ocorreu o crime”, comentou a investigadora Denise, da DH. Alguns nomes de suspeitos já estão sendo investigados.

Outra hipótese levantada é alguma rixa da vítima. Edson estava preso na Colônia Penal Agrícola (CPA) por roubo e havia saído com uma portaria (autorização da Justiça). Segundo comentou seu irmão, Osni, faltavam apenas seis meses para que ele voltasse à liberdade.

Perigo

Os assassinos estariam armados com pistolas, calibre 380, segundo comentou Osni. Ele e outro morador disseram que é comum ver o grupo andar exibindo as armas em plena luz do dia. Eles acreditam que um dos integrantes da gangue tenha “costas-quentes”, isto é, se prevaleça de algum tipo de impunidade, pois já teria sido preso algumas vezes e sempre voltou às ruas. “Isso é um absurdo e essa Lei do Desarmamento não está funcionando”, comentou Osni, revoltado com a morte do irmão.

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