'Porta de cadeia'

Presa dupla de advogados que aplicavam golpes em pescadores

Durante a manhã de quarta-feira (25), em Curitiba e em Paranaguá, no litoral do Estado, policiais civis da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC), cumpriram mandados de prisão e buscas domiciliares em escritórios de advocacia, desencadeando a Operação Arrastão.

Foram presos os advogados Levi de Andrade, 54 anos, e Jorge Luiz Mohr, 62 anos. Andrade é agente aposentado da Polícia Federal. Segundo o delegado-titular da DEDC, Marcelo Lemos de Oliveira, a operação teve como objetivo desarticular uma associação criminosa constituída majoritariamente por advogados.

“Eles utilizavam meios ilegais de captação de clientes de outros escritórios de advocacia, com o intuito de obtenção de vantagem patrimonial ilícita”, contou o delegado.

Oliveira explicou que os integrantes da associação criminosa assediavam as vítimas de acidentes ambientais, formados principalmente por pescadores dos municípios de Paranaguá, Antonina, Morretes, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba, através de palestras, cultos evangélicos e reuniões em centros comunitários e vilas de pescadores.

”As promessas feitas eram de aumentar o valor das indenizações fixadas pela Justiça e agilização no pagamento. O grupo estava agindo desde meados de 2013. Estima-se, inicialmente, que o golpe está em torno de R$ 2 milhões”, explicou o delegado, destacando que centenas de procurações foram apreendidas nos escritórios.

Pescadores que foram vítimas de acidentes ambientais eram o alvo de uma associação de advogados que agia no litoral. Eles prometiam aumentar o valor de indenizações por danos ambientais, pegavam as procurações e ficavam com o dinheiro dos clientes. A Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) estima que o golpe aplicado esteja em torno de R$ 2 milhões.

A Operação Arrastão, da DEDC, realizada quarta-feira, resultou na prisão dos advogados Levi de Andrade, 54 anos, e Jorge Luiz Mohr, 62. Eles são suspeitos de integrar uma associação criminosa constituída principalmente por advogados. De acordo com o delegado Marcelo Lemos de Oliveira, o grupo assediava pescadores de Paranaguá, Antonina, Morretes, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba durante palestras, cultos evangélicos e reuniões em centros comunitários e vilas de pescadores.

Trabalho

A promessa era aumentar o valor e agilizar os pagamentos das indenizações de acidentes ambientais, como o rompimento do poliduto Olapa e do acidente com o navio Norma, ocorridos em 2001. As tragédias deixaram os pescadores por longo tempo sem poder trabalhar e reduziu em altas proporções o volume de pescados. De acordo com a polícia, centenas de procurações foram apreendidas nos escritórios dos suspeitos. A associação vinha agindo desde meados de ano passado.