O português Antônio Agostinho Cunha da Silva, 38 anos, foi preso suspeito de aplicar golpes usando documentos de uma mulher com quem mantinha relacionamento amoroso. Com o dinheiro e documentos da vítima, ele comprou casa, carro e outros produtos. A polícia estima que o valor do golpe gire entre R$ 300 mil e R$ 500 mil.

Antônio foi preso no final da noite de segunda-feira, ao fazer uma manobra perigosa com uma Kia Sportage, no Jardim Botânico, perto da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), onde está detido. O veículo foi apreendido e o suspeito não portava documento. Ele foi autuado por estelionato.

Golpe

Natural da cidade de Braga, o estelionatário usava o nome de Antony Cunha da Silva e se dizia filho de cônsul de Portugal para se aproximar das vítimas. Pelo que a polícia descobriu até agora, ele procurava por mulheres com o mesmo sobrenome e dizia que era marido delas na hora de fazer compras.

O pagamento era feito por transferência falsas e usando uma conta fantasma. “Além disso ele fazia depósitos com envelopes vazios e tirava o comprovante inicial”.

Entre as vítimas do falsário, estão donos de uma agência de publicidade, a quem Antônio propôs sociedade há cerca de um mês. “Pessoas foram contratadas, o imóvel foi alugado, mas na hora de fechar o contrato ele se negou a entregar toda a documentação. Ele sempre dava uma desculpa”, disse um dos sócios lesados.

Testemunha de assassinato

A polícia também investiga a participação de Antônio na morte do pastor João Leonardo dos Santos Lourenço, 50 anos, no Tarumã, em 14 do mês passado. A vítima havia vendido uma residência e foi assassinada na noite em que ia fechar negócio. Por coincidência, o comprador era Antônio, que presenciou o crime.

João foi atingido com cinco tiros por um homem que fugiu depois de levar a carteira do comprador. Como Antônio também foi vítima do crime, a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos o intimou a prestar depoimento, mas ele nunca apareceu.