Londrina

Policiais militares são presos suspeitos de envolvimento em chacina

Policiais militares de Londrina foram presos na manhã desta sexta-feira (13) durante desdobramento da Operação Força Tarefa, que investiga a onda de assassinatos que assolou Londrina e cidades da região metropolitana no fim de janeiro. A ação está sendo realizada de forma conjunta pela Polícia Militar, Polícia Civil e Corregedoria da PM.

Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão, 25 de busca e apreensão e seis de condução coercitiva, quando uma pessoa é levada para prestar depoimento. Até às 11h20, sete pessoas já haviam sido presas, sendo seis policiais militares.

Segundo a assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp), existe a suspeita de que os policiais detidos têm envolvimento na chacina ocorrida entre os dias 29 e 30 de janeiro, quando 12 pessoas morreram e pelo menos outras 16 ficaram feridas.

A Sesp também informou que os detalhes da operação serão informados durante uma coletiva de imprensa que vai acontecer na tarde desta sexta-feira.

Série de mortes

A onda de assassinatos na região de Londrina começou na noite do dia 29 de janeiro, após a morte do policial militar Cristiano Luiz Bottino, que foi baleado no Conjunto Milton Gavetti, na zona norte da cidade. Depois deste crime, uma série de ataques foi registrada em vários bairros de Londrina e algumas cidades da região metropolitana.

Foram confirmadas as mortes de onze civis, sendo que cinco deles tinham antecedentes criminais. Entre estas vítimas, está um jovem de 22 anos que morava em Ibiporã. Segundo a polícia, ele foi morto em confronto com a PM, quando estaria voltando de um assalto em Sertanópolis.

Após os homicídios, Londrina viveu um clima de insegurança e tensão. Durante algumas semanas, a Sesp reforçou o efetivo em Londrina e iniciou os trabalhos de investigação do caso, que também foi acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que solicitou laudos e perícias ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML).