Prazo de validade

Policiais civis vão parar até que polêmica dos coletes se resolva

Representantes dos sindicatos dos policiais civis e militares se reuniram, na manhã desta quarta-feira (13), em um ato a favor das investigações da Delegacia de Armas e Munições (DEAM), sobre os coletes balísticos das forças policiais do Estado. O trabalho de policiais civis, nas ruas, deve parar a partir desta quinta-feira (14).

O ato foi marcado em frente à DEAM, que divulgou neste final de semana a informação de que os coletes à prova de balas, usados tanto pela Polícia Civil como também pela Polícia Militar do Paraná, estão vencidos. As investigações repercutiram nacionalmente.

“Os nossos policiais, hoje, estão todos em risco. Não temos como pedir para que não saiam para atender a uma ocorrência, mas precisamos que algo seja feito e com urgência”, disse Orelio Fontana Neto, presidente da Associação de Praças do Estado do Paraná (Apra), que representa os policiais militares.

Já a Polícia Civil, segundo o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol), as operações policiais nas ruas não devem mais acontecer até que uma providência seja tomada. “O governador do Estado já foi notificado para que agilize o processo licitatório dos novos coletes. Enquanto a compra não acontecer, os nossos policiais não se colocarão em risco”, explicou João Noronha.

De acordo com o presidente da Adepol, os policiais civis não farão operações nas ruas a partir desta quinta-feira (14). Já os trabalhos internos continuam normalmente.

Além dos representantes das polícias Civil e Militar, estiveram no ato também os sindicatos dos bombeiros e policiais federais. O medo entre os policiais é o mesmo, pois segundo eles, os bandidos vão se aproveitar do momento.

Problemas além

Durante o protesto, outros problemas foram levantados por quem participou do ato, principalmente pelo representante dos policiais militares. Segundo Orelio Fontana, além de efetivo baixo, os policiais também sofrem com falta de estrutura. “Falta equipamento decente, o próprio armamento não lhes dá segurança, os policiais não têm plano de carreira, nem plano de saúde e ainda precisam trabalhar com viaturas sem condições”, disse o presidente da Apra.

Para evitar algo pior, com relação aos coletes, a orientação aos policiais é para que façam documentações informando os superiores sobre a qualidade dos equipamentos. “O colete, passando a validade, deve ser destruído. E dentro da normativa do Ministério da Defesa, esse material não pode ser reutilizado. É preciso uma licitação de emergência, porque por enquanto os nossos policiais estão em risco”.