Policiais civis e militares são demitidos por má conduta

Onze policiais – sete civis e quatro militares – foram demitidos das corporações a que pertenciam. Os civis foram exonerados através de decretos, publicados no Diário Oficial. Já os militares, todos de Londrina, tiveram a decisão, publicada no boletim do Comando Geral da PM, em 16 de abril, e divulgada ontem à imprensa.

Os motivos para as demissões na Polícia Civil são diversos.

As acusações mais graves pesam contra o escrivão Fernando Borges de Souza e os investigadores Adriano Rogério Perez, Genivaldo Alves de Almeida e Job da Luz de Freitas. O escrivão foi excluído por ter sido flagrado carregando maconha dentro de um veículo particular. Adriano e Genivaldo foram demitidos por condutas irregulares, previstas em artigos do Estatuto da Polícia Civil, como ?exigir e receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie?; ?tráfico ilícito e uso indevido de entorpecentes?. Job é acusado de furto qualificado. De acordo com o texto publicado no Diário Oficial, ele furtou um rádio-comunicador da delegacia do Alto Maracanã. Na tentativa de repor o aparelho, furtou outro rádio da delegacia de Pinhais.

As 92 faltas consecutivas, entre julho e setembro de 2001, sem justificativa, configuraram abandono de cargo para o investigador Selmiro Howeler.

O mesmo aconteceu com as investigadoras Deize do Rosio dos Santos e Viviane Machado Soares.

Militar

Na Polícia Militar foram expulsos os soldados Marco Aurélio da Silva Barbosa, Juliano Ferraz Dias, Sérgio Marcelo Souza Pinto e Jhanivaldo Zanin. Eles são acusados de atender, utilizando-se de conduta irregular, uma ocorrência que terminou com a morte do encarregado da Central de Abastecimento de Londrina (Ceasa), Jamys Smith da Silva. Em 15 de maio de 2005, Jamys teria dado uma festa em sua casa. Incomodados com o som alto, vizinhos ligaram à polícia, pedindo providências.

Mesmo com a chegada dos policiais, Jamys teria se negado a atender a ordem para abaixar o volume e os policiais pediram reforço. Após a chegada das equipes, Jamys teria sido agredido. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu. Além do processo disciplinar da PM, que culminou com as demissões, os acusados estão respondendo pelo crime na Vara Criminal de Londrina.

Voltar ao topo