Policiais acusados de extorsão negam acusações

Todos os réus interrogados ontem pela juíza substituta, Suzana Loretto de Oliveira, da 9.ª Vara Criminal de Curitiba, acusados de envolvimento no esquema de extorsões a pedófilos, negaram qualquer envolvimento com o crime e alegaram inocência.

Os interrogatórios começaram às 8h30 e, até as 18h, os réus continuavam sendo ouvidos. A previsão era de que a juíza ouvisse todos os acusados que estão presos, entre eles 13 investigadores e três escrivães da Polícia Civil. Até as 16h, 16 dos acusados já haviam sido interrogados e a tese de defesa foi praticamente a mesma para todos, ou seja, a negativa de autoria.

A principal acusada e testemunha do processo é Luciana Polerá Correia, que, de acordo com a denúncia, era quem fazia a ligação entre os clientes e a polícia, para que as extorsões acontecessem. Na fase do inquérito policial, a jovem surpreendeu, tornando-se a principal testemunha do processo.

Ao ser interrogada na Corregedoria da Polícia Civil, Luciana contou detalhes de como o esquema foi armado. Ela disse que a idéia surgiu porque ela tinha uma empresa de acompanhantes e um de seus clientes queria que ela arrumasse meninas menores de idade para fazerem programas. Luciana contou para seu tio, que teria sugerido montar o esquema de extorsões em conjunto com a polícia. As primeiras extorsões teriam sido realizadas pelos policiais do 7.º Distrito Policial (Vila Hauer). Com a transferência de alguns policiais para outros distritos, o esquema se expandiu para o 4.º Distrito (São Lourenço), e para o 12.º, em Santa Felicidade.

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