Polícia procura carro roubado e acha desmanche

Carros com queixa de furto e roubo, uma escopeta calibre 12 de fabricação caseira e diversos documentos, alguns deles queimados, foram descobertos por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos. O desmanche funcionava em uma residência, na Rua Juarez de Lima Pereira, Borda do Campo em São José dos Pinhais. O dono da casa, Adão Carlos Serapio Ferreira, 45 anos, sua mulher Marlene Espinola, 36, Eliel Espinola Ferreira, 19, filho do casal, e Sidnei de Camargo Brasileiro, 28, Marcos Ribeiro, 26, e Maicon Júnior Pereira, 27, foram presos e autuados em flagrante por furto receptação e formação de quadrilha.

O delegado Alfredo Dib, que comandou a operação, informou que os policiais estavam investigando alguns roubos ocorridos em Curitiba e o veículo utilizado pelos assaltantes seria o Omega, placa BRF-1954, de Campo Grande (MS). “Chegamos ao local devido ao veículo e acabamos estourando um desmanche”, relatou o policial.

Além do Omega, estavam no quintal da residência, o Fiat Brava, AJH-7212, de São José dos Pinhais, e o Corsa, placa AHN-9536, de Toledo. “Os dois carros já estavam preparados para viagem, com placas de veículos idênticos, mas sem restrição, o que chamamos de dublê”, explicou o delegado. Também foi localizado o Passat, placa ADE-9370, de São José dos Pinhais, e o Gol, já desmontado, placa ASM-6108, tomado em assalto no dia 5 de deste mês. A placa do carro ainda estava pregada no pára-choque. “Eles usavam um canto do quintal para queimar o documento das vítimas, mas dentro dos veículos encontramos vários documentos dos proprietários dos veículos, além de cartões de crédito”, relatou Dib. Ele disse que as investigações continuam no sentido de apurar se os presos estão envolvidos em roubos contra empresas ou furtos e solicitou às pessoas que reconhecerem os detidos ou tiveram seus documentos e cartões levados, para entrar em contato com a DFR, através do telefone 262-2800.

Versões

Os presos negaram qualquer envolvimento com o roubo de carros. Adão disse que saiu de sua casa e quando voltou os carros já estavam lá. “Eu comprei só aquele que está desmanchado”, alegou. Já sua mulher Marlene contou que sabia das atividades ilícitas do marido e chegou a avisá-lo que era perigoso, mas Adão não lhe escutou. Eliel e Sidnei garantiram que não têm envolvimento. “Vendemos sorvete. O azar foi estar aqui quando a polícia chegou”, comentou Eliel.

Maicon assumiu que comprou o Fiat Brava. “Eu paguei 500 reais, mas não sabia que era roubado. Para mim o carro é quente, tem documento e tudo”. Marcos não quis falar sobre o assunto. (VB).

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