Polícia prende acusados de assassinar taxista

Intereferir numa briga, originada em uma partida de sinuca, teria levado à morte o taxista Edson Luiz Acioly, 31 anos. Dentro de seu carro, ele levou um tiro na cabeça aos 20 minutos da madrugada de ontem, em frente a um bar na Rua da Trindade, esquina com Sebastião Marcos Luiz, Vila Trindade, Cajuru. Dois homens, acusados de serem autor e co-autor do assassinato, foram presos pouco depois pela Polícia Militar.

Adelir Batista, 28 anos, o “Paraguaio”, e Cosmo Pereira da Silva, 25, o “Negão”, negaram envolvimento no crime, quando interrogados no 6.º Distrito Policial (Cajuru), onde estão presos. Mas duas testemunhas ouvidas pela escrivã Maria Aparecida relataram com detalhes a história e apontaram “Negão” como autor do tiro e “Paraguaio” como seu acompanhante.

Rei da mesa

Segundo as testemunhas, a confusão começou na semana passada, quando “Paraguaio” perdeu uma partida de bilhar e pagou a aposta com uma nota de R$ 50,00. O vencedor do jogo recusou-se a receber a cédula, dizendo que era falsa, e após breve desentendimento o derrotado foi expulso do boteco.

Na noite de quarta-feira, “Paraguaio”, “Negão” e uma terceira pessoa voltaram ao bar e reencontraram o jogador da semana passada. Houve provocações e Edson tomou as dores do vencedor da aposta, seu conhecido. A discussão se acirrou, mas a turma do “deixa-disso” apareceu e acalmou os ânimos temporariamente.

Depois de alguns minutos, “Negão” foi até seu carro, estacionado alguns metros adiante. Quando voltou, “Paraguaio” tomou cerveja do copo de Edson e o xingou. Percebendo o clima tenso, o taxista entrou em seu Escort e ali esperou o dono do bar, com quem iria embora.

Não contente, “Paraguaio” teria aberto a porta do Escort e em seguida fechou-a com força. “Edson quis dizer alguma coisa, mas nesse instante chegou ?Nego? e acertou-lhe um tiro na altura da orelha esquerda”, falou a escrivã, com base no relato das testemunhas.

Perseguição

Segundos antes, uma viatura do Regimento de Polícia Montada havia passado em frente ao bar. Assim que ouviram o disparo, a dupla de policiais viu um homem correndo. O fugitivo atirou nos PMs quando se viu perseguido e conseguiu escapar.

Edson já agonizava quando os policiais, de retorno ao bar, o puseram na viatura para socorrê-lo. O taxista, irmão do repórter Roberto Acioly, da CNT, chegou sem vida ao Hospital Cajuru.

Pouco depois uma viatura da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone), chamada para apoio, deteve “Paraguaio” no local do crime. Segundo a PM, “Negão” foi preso quando voltou ao bar com as chaves do veículo Versailles de “Paraguaio”.

Presos em flagrante, os dois acusados, que não tinham passagem pela polícia, alegaram inocência e negaram que estivessem armados. Ambos afirmaram trabalhar como vendedores de CDs e garantiram que sequer haviam bebido. “Mas encontramos uma nota de R$ 50,00, falsa, na carteira de ?Negão?, o que bate com a história das testemunhas”, falou a escrivã. Outras testemunhas devem ser chamadas pelo 6.º DP para esclarecer detalhes do crime.

Voltar ao topo