Polícia descarta ligação entre morte de quatro travestis

Investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios descartam qualquer ligação entre os assassinatos de quatro travestis, nos últimos 30 dias, em Curitiba. Para a polícia, os crimes não caracterizam ação homofóbica ou de um assassino em série. As principais suspeitas sobre as causa dos crimes recaem sobre dívidas com tráfico de drogas e vingança.

Hamilton da Paz, delegado-chefe da DH, explica que todas os casos de homicídios têm o mesmo tratamento. “Os crimes são investigados, independente da profissão ou orientação sexual das vítimas. Toda vítima tem o mesmo tratamento na delegacia”, afirmou.

Na terça-feira (26), um travesti, conhecido como “Dara”, foi morto a tiros, bairro Mercês, dentro de um carro furtado. Imagens feitas por câmeras nas redondezas vão ser analisadas e a DH está à procura de mais pistas.

Os outros três crimes continuam sendo investigados. As últimas informações dão conta que Jenifer, morta em 6 de maio, no centro da cidade, tinha dívida com traficantes. Três suspeitos já foram presos e a polícia continua com as investigações para esclarecer totalmente o caso.

Nos homicídios dos outros dois travestis, mortos em abril, no Trevo do Atuba, a polícia trabalha com a possibilidade de vingança, já que existe a suspeita de as vítimas estarem extorquindo clientes.

“Embora a polícia trabalhe com todas as hipóteses, não existe a vinculação com homofobia. Estamos trabalhando intensamente em todos os crimes, que não ficarão sem respostas”, garantiu o delegado.