PM atira em rapaz durante abordagem desastrosa

Por causa de uma abordagem policial desastrosa, um grupo de pessoas protestou ontem, fechando a Rua Antônio Escorsin, no cruzamento com a rua Brasílio José Betezek, no São Brás. Moradores da região estavam revoltados com a abordagem que vitimou o representante comercial Celso Lachoviski da Silva, 32 anos, na madrugada de domingo. Celso estava com Marcos de Abreu, da mesma idade, quando foram interceptados por policiais militares. Um dos PMs atirou em Celso. O rapaz está internado na UTI do Hospital Evangélico, já perdeu o fígado, um rim e corre risco de morte.

Momentos antes eles estavam em uma lanchonete, quando foram levar a dona do estabelecimento em casa. "Como estava acontecendo uma briga perto dali, fiquei com medo de ir sozinha. Então pedi que me acompanhassem", conta Maria Salete Batista, 45 anos, dona da lanchonete. No retorno, foram abordados por PMs que passavam em uma viatura, solicitando que os rapazes encostassem no muro. Ao atenderem a ordem, um PM saiu do carro com uma arma em punho e atirou em Celso pelas costas. "Se foi proposital ou acidental, eu não posso dizer. Porém o policial que atirou me parecia estar sem controle emocional e após o disparo ele disse: "Que cagada que eu fiz", contou Marcos.

Celso foi colocado na viatura e levado ao Hospital Evangélico. Segundo informações obtidas pelos amigos da vítima, Celso foi "despejado" na calçada do hospital pelos policiais, que alegaram ser uma briga de rua. Os PMs foram embora sem se identificar. "Eles estavam tão nervosos, que nem abriram a viatura. Eu que abri o porta-malas e falei que eles deveriam levar o rapaz até o Evangélico", relatou Marcos.

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