PM acusada de executar inocente no Largo

Versões contraditórias tornam misteriosa a morte do pedreiro Edson Elias dos Santos, 28 anos, ocorrida na madrugada de sábado, no Largo da Ordem. Enquanto a polícia afirma que a vítima reagiu à abordagem da PM a tiros, uma testemunha garante que o pedreiro estava desarmado e que ele foi executado.

Edson Elias dos Santos, 28 anos, foi atingido por seis tiros nas costas e dois na barriga, depois do suposto confronto com a PM. Socorrido pelos próprios policiais, chegou morto ao Hospital Evangélico. Segundo a sogra da vítima, Santina Porte de França, 47, seu genro saiu de casa na sexta-feira à noite para ir com os amigos a um encontro de motoqueiros, no Largo da Ordem.

A versão dos policiais do 12.º Batalhão de Polícia Militar é de que eles foram chamados para atender a um roubo de veículo. Quando chegaram, três rapazes teriam fugido correndo, entre eles Edson. Segundo os PMs, dois dos possíveis ladrões de carros se entregaram e Edson reagiu à abordagem a tiros, crivando de balas a viatura. Houve revide e o pedreiro foi assassinado. Os amigos dele foram levados ao 8.º Distrito Policial (Portão), ouvidos e liberados.

Inocentes

Uma testemunha, que preferiu se manter anônima, afirmou, no telejornal Paraná TV, que os três jovens correram, mas ninguém atirou nos policiais. Segundo relatou, Edson corria sem nenhuma arma na mão e obedeceu à ordem de parar. Mesmo com as mãos levantadas, o rapaz teria levado tiros de outro policial, que chegava em apoio à ocorrência. Em seguida, outro PM também teria atirado contra Edson. A sogra da vítima sustenta a versão de que o jovem é inocente. ?Ele nunca teve qualquer envolvimento com bandidos. Meu genro não tinha antecedentes criminais. Nem o marginal mais perigoso é morto com tantos tiros assim?, disse Santina.

Outro fato que a mulher estranhou é que Edson saiu de casa com todos seus documentos, mas a carteira de habilitação e a carteira de identidade dele não foram entregues à família.

Os quatro policiais envolvidos na situação foram afastados do serviço de rua. Um Inquérito Policial Militar foi aberto para apurar as circunstância da ocorrência e amanhã a Polícia Militar garantiu que irá se pronunciar sobre o caso.

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