PIC de Foz do Iguaçu prende 17 por roubo de carro

A Promotoria de Investigação Criminal (PIC) de Foz do Iguaçu realizou ontem uma operação de combate a quadrilhas de roubo de veículos que agiam na região. Foram presas 17 pessoas e recuperados 24 carros. O cumprimento dos mandados de busca e apreensão foi feito pela equipe do Grupo Especial da Repressão ao Crime Organizado (Gerco), da PIC de Foz, e teve suporte da Polícia Militar e Polícia Civil.

A ação, batizada ?Operação Dilúvio?, foi resultado de três meses de investigações do Ministério Público (MP). O promotor de justiça Rudi Rigo Burkle, coordenador da PIC de Foz, diz que na operação foram presas as lideranças de quatro quadrilhas especializadas em furtos e roubos de veículos. ?Os quatro grupos agiam em conjunto, roubando os carros em Foz do Iguaçu e região e levando para vender no Paraguai?, afirma. Ele conta que a próxima etapa do trabalho será contra os receptadores dos veículos que agem no país vizinho.

Além das prisões, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão. As pessoas detidas foram encaminhadas para a Cadeia Pública Laudemir Neves. Todas devem ser denunciadas criminalmente pela prática de crimes de roubo, furto, extorsão, receptação e formação de quadrilha. Os veículos recuperados estão sendo restituídos às vítimas, que já foram comunicadas. Segundo o delegado do Gerco Alexandre Rorato Maciel, faltam ainda cumprir outros cinco mandados de prisão.

Esquema

O delegado explica que as quadrilhas roubavam os veículos no Brasil e os enviavam ao Paraguai, onde eram comprados por dois dos maiores receptadores do país. ?Depois os carros eram revendidos por cerca de 10 a 15% do valor de tabela cobrado no Brasil?, revela. De acordo com Maciel, o trabalho das quadrilhas é facilitado pela falta de fiscalização no Paraguai.

?Com a realidade do Paraguai, precisamos fazer um trabalho mais longo, já que prendemos parte das quadrilhas aqui, mas os chefes ficam impunes. E é difícil para nós trabalharmos com as autoridades de lá por não sabermos em quem confiar as informações?, afirma. Ele revela ainda que os dois receptadores paraguaios envolvidos com os suspeitos presos no Brasil já atuam há anos com carros roubados. ?É estranho que eles estejam tanto tempo na ativa sem que ninguém por lá saiba.?

Desde o início das investigações, quase 30 pessoas suspeitas de fazer parte dessas quadrilhas já foram presas. ?O carro que foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal na Ponte da Amizade, após um tiroteio, na semana passada, foi uma dica nossa?, conta o delegado.

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