Pedido de justiça bloqueia Anita Garibaldi

Um protesto bloqueou, por mais de duas horas, a Avenida Anita Garibaldi, na Barreirinha, na manhã de ontem. Com camisetas e uma faixa pedindo justiça, familiares do estoquista Daniel Antônio Yednak de Lara, 21 anos, pediam a prisão do homem que o assassinou, identificado como Hailton Forosteski. O protesto começou logo após a missa de 7.º dia, que terminou às 11h, na Paróquia Santa Gema. Como se não bastasse a brutalidade, após dar facadas em Daniel, Hailton ainda ficou em frente à casa da família lambendo a faca suja de sangue e perguntando ?quem é o próximo??.

Daniel Derevecki/Chuniti Kawamura
Hailton matou e lambeu a faca.

Depois disso, desapareceu. Há informações de que ele estaria em Almirante Tamandaré, onde tem parentes.

O crime ocorreu na tarde do penúltimo domingo, dia 23, quando Daniel, alguns primos e vizinhos faziam um churrasco. Hailton era vizinho de muro da família.

De acordo com Amauri José de Lara, tio da vítima, há anos Hailton implicava com os jovens que se reuniam na casa vizinha. Qualquer coisa ou barulho era motivo de implicância e briga, que os familiares de Daniel sempre tentavam evitar e contornar. Naquele dia o vizinho se exaltou e invadiu a casa, na Rua Gustavo Barroso, 101, Barreirinha. Todos tentaram acalmá-lo, sem saber que o agressor estava armado com uma faca. Na segunda tentativa de afastá-lo da casa, Daniel levou as facadas. Enquanto a família aguardava a chagada do Siate, Hailton ficou em frente à residência exibindo e lambendo a arma suja de sangue. Daniel morreu a caminho do hospital.

Daniel Derevecki/Chuniti Kawamura
Depois da missa, pedido por justiça às autoridades.

Revolta

Segundo Amauri, o assassino é um homem revoltado, anti-social, não fala com quase ninguém.

Mal deixava que suas irmãs visitassem a mãe, que mora no mesmo terreno que Hailton, porém na casa da frente. Era tão violento que, certa vez, arranjou confusão num bar da esquina e esfaqueou outra pessoa. Moradores da Barreirinha, revoltados com o assassinato, invadiram o terreno de Hailton e depredaram o jardim. Quebraram o telhado da garagem, bateram o carro do assassino contra a parede da casa e destruíram o que viram pela frente.

Daniel Derevecki/Chuniti Kawamura
Daniel morto a golpes de faca.

?Ainda tentaram colocar fogo na residência, eu não deixei. Nós não queremos fazer justiça com as próprias mãos?. Queremos que a Justiça resolva isso, mas que seja mais rápida. Se o Hailton aparece aqui na rua agora, não podemos nem chamar a polícia para prendê-lo, pois ainda não há nem mandado contra ele?, diz Amauri.

O mandado de prisão deve sair hoje. O caso está sendo acompanhado pelo 4.º Distrito Policial.

Voltar ao topo