Alarmante

Paraná registrou 52 ataques a bancos em 2010

No Paraná, 52 casos de assaltos ou arrombamentos em agências bancárias foram registrados, em delegacias, no ano passado. Um vigilante, um policial federal e um cliente morreram nos crimes.

Os números foram colhidos pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (SindVigilantes) nas secretarias da Segurança Pública de todos os estados e divulgados ontem.

De acordo com o levantamento, o Paraná está na 9.ª posição no ranking dos estados com mais ocorrências. O primeiro colocado é São Paulo, com 211 casos, seguido de Mato Grosso (136) e Rio Grande do Sul (105).

O Distrito Federal aparece na última colocação, com apenas um caso registrado durante todo o ano de 2010. “Em Brasília, a polícia está constantemente agindo e inibe a ação criminosa. Onde não tem esse policiamento, os números são mais altos”, explica João Soares, presidente do SindVigilantes.

Preocupação

Para ele, a posição do Paraná deve ser avaliada com preocupação. “Não estamos em um estado tão violento quanto os demais, mas o número é muito grande e é crescente. Só em 2011 em Curitiba já foram mais de cinco assaltos a banco”.

Um destes casos foi o roubo às duas agências bancárias de Tunas do Paraná, na madrugada de 16 de janeiro. Uma mulher ficou ferida e o módulo da polícia militar foi atingido por vários disparos.

Das 52 ocorrências do ano passado, 23 foram em Curitiba. Os números podem ser muito superiores, já que a Polícia Militar atende arrombamentos diariamente, mas muitos bancos não procuram as delegacias para registrar as ocorrências.

“O dinheiro deles tem seguro, então os banqueiros pensam que investir em segurança é prejuízo. O funcionário para eles é só mais um número”, lamenta Soares.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os números de assaltos a bancos caíram de 1.903, em 2000, para 430, em 2009. Os dados não incluem arrombamentos e ocorrências do lado de fora da agência.

Falta fiscalização nas agências

O presidente do SindVigilantes defende as leis que obrigam as agências a instalar câmeras e biombos, e a proibição do uso de celulares no interior dos estabelecimentos.

“Se houvesse fiscalização, essas ações inibiriam muito a criminalidade. Os bancos precisam investir mais em segurança, assim como o governo na segurança pública, com mais policiamento ostensivo”, relata.

Para o delegado Rodrigo Brown, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, o cliente também precisa estar atento. “É importante evitar saques de grandes valores, usando a transferência sempre que possível, além de evitar a rotina, sempre variando os horários e itinerários de acesso aos bancos”, afirma.

Atenção

De acordo com ele, também é importante que o cliente vá apenas a agências que possuem biombos e câmeras de segurança e que proporcionem fácil acesso aos veículos estacionados. Os usuários devem também estar atentos a pessoas suspeitas que estejam observando dentro e fora dos estabelecimentos.