Pai morre agonizando diante da própia filha

Uma facada ou tesourada certeira pôs fim à vida de João Pereira dos Santos Sobrinho, 48 anos, na noite de terça-feira. Ainda não se sabe o motivo do crime, mas investigadores da delegacia de Pinhais trabalharam rápido e já apuraram o autor e o seu endereço. “Só falta prender. Ele `pinoteou’, mas o delegado deve pedir a prisão preventiva dele e logo vai cair na nossa mão”, disse ontem o superintendente Cordeiro.

João levou alguns minutos para morrer e a filha, de 16 anos, tristemente assistiu aos últimos suspiros do pai, estendido na Rua Machado de Assis, Vargem Grande.

João morava na Rua Osório Duque Estrada, a menos de uma quadra de onde foi brutalmente golpeado, por volta de 19h30 de anteontem. Cláudia viu um homem cair e somente quando chegou perto percebeu que era o pai. “Quando vi o sapato, soube que era ele”, relatou. Ela e outras pessoas que estavam na rua viram o assassino correndo, mas não conseguiram identificá-lo. “Era um homem alto, forte e vestido de preto”, descreveram.

Golpe

João não teve forças para pronunciar nenhuma palavra para a filha. Agonizante, respirou forte duas vezes e morreu ao lado da menina. Segundo levantamento preliminar do perito Alcebíades, do Instituto de Criminalística, o homem foi golpeado no ombro e a arma atravessou o peito, saindo nas costas. “Temos de confirmar se foi apenas um golpe transfixiante ou se ele recebeu outro nas costas”, relatou, afirmando que apenas exames complementares, no IML, poderão dar essa certeza. A perfuração atingiu uma veia da vítima e causou-lhe a morte por hemorragia.

Benquisto

Com a morte de João, acabou o som da viola que ele tocava muitas vezes em rodas de amigos. A vítima trabalhava como pedreiro autônomo e, naquela noite, voltava de um bar próximo, como fazia costumeiramente, conforme contou sua filha. Ele morava há cerca de 25 anos naquele bairro e ninguém por ali lembrava de alguma vez que João tivesse aprontado confusão. “Ele nem falava palavrão. Todos gostavam dele”, disse um vizinho, sem entender o motivo do crime.

O sargento Jonathan e soldado Schlapak, do 17.º BPM, estiveram no local, mas não conseguiram no momento informação que pudessem orientar a perseguição ao assassino. O investigador Valente, da delegacia da cidade, também foi ao local do crime. Se alguém souber de informações importantes para acrescentar às investigações pode telefonar para a DP, número 667-1598, sem se identificar.

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