Pai de Nicolly perdoa a mulher. Quer tirá-la da prisão e ajudá-la

Apesar do drama que viveu nos últimos dias, Alex Thiago Ribeiro Guedes, de apenas 20 anos – pai da pequena Nicolly Eduarda Ponfrecki Guedes, o bebê de 40 dias encontrado morto na sexta-feira – dá um exemplo de humanidade e maturidade. Ainda muito abalado, ele diz que acredita na versão da mulher, Karla Ponfrecki, 19, quanto à morte acidental da filha e afirma que irá fazer o possível para tirá-la da cadeia. ?Karla está doente. Ela precisa de mim e eu vou ajudá-la. Ela amava nossa filha e tenho certeza que foi uma fatalidade?, diz ele.

Até a última quarta-feira, Alex procurava por uma melhor oferta de emprego para sustentar a filha e a esposa.

O casal morava com os pais dele, que sempre dispensaram todo o carinho e ajuda na criação da neta. Na manhã daquele dia, Alex começou a viver o primeiro pesadelo: o desaparecimento da filha.

A mulher afirmava que o bebê tinha sido seqüestrado e ele acreditou na versão da esposa.

Novo drama

Dois dias depois, quando Nicolly foi encontrada morta e Karla foi detida, começou outro martírio para o jovem.

A mãe do bebê foi interrogada e apenas depois que ela confessou o crime, Alex soube o que aconteceu. Foi ela quem contou para o marido que derrubou a filha acidentalmente e que escondeu o corpo com medo dele e da família dele. ?Quando a Karla me contou, percebi que ela estava realmente doente, muito depressiva. Ela ainda acreditava que nosso bebê seria encontrado. Ela acreditava na própria história que tinha inventado. Karla precisa de muita ajuda e eu e minha família vamos fazer isso?, disse o pai.

A mãe de Alex, Ziza Aparecida Ribeiro Guedes, concorda com o filho e também acredita que a nora é inocente. ?Estou sob efeito de calmantes e quando soube o que tinha acontecido fiquei muito revoltada com ela, mas agora entendo que Karla precisa de nós. Ela sempre foi muito carinhosa com a filha e tenho certeza que seria incapaz de matá-la por querer?, diz Ziza.

Apesar de tudo, Alex não têm mágoas da esposa. ?Não consigo sentir raiva dela. Karla agiu pelo desespero, é um menina nova e não sabia o que fazer quando nossa filha caiu de seus braços. Não fez por mal, tenho certeza disso. Com tudo isso, perdi meus dois amores?, diz o pai, emocionado.

Prisão

Karla, depois de confessar à polícia que derrubou a filha acidentalmente, provocando sua morte, e depois jogou o corpo num terreno baldio, inventando uma história de seqüestro para se isentar de culpa, teve a prisão preventiva decretada. Ela está recohida no Centro de Triagem I, da Polícia Civil, situado no centro da cidade. A carceragem é exclusiva para mulheres.

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