Operário morre em poço na Região Metropolitana

Falta de oxigênio no fundo do poço é a provável causa da morte do operário Antônio Aparecido Faria de Araújo, 31 anos, ocorrida por volta das 13h de ontem, em uma chácara na Estrada da Ressaca, Botiatuva, em Almirante Tamandaré. Ele iria terminar de escavá-lo, com a ajuda de outro empregado, Antônio Mendes de Souza, 43. O dono da chácara informou que o poço – com 11 metros de profundidade – havia sido aberto em abril do ano passado. Agora ele pretendia apenas terminar a obra.

Para tanto, contratou os dois escavadores, que, por coincidência, também tinham o seu nome.

Matos explica que logo após o almoço, Souza entrou no buraco. Quando descia, com a ajuda de uma corda e um balde amarrado na ponta, sentiu-se mal. Araújo, que segurava a corda para a sustentação do colega, percebeu e tratou de também descer, para salvá-lo. Usando um gancho, engatado na roupa de Souza, Araújo e Matos o retiraram do poço. Durante a operação de salvamento, Araújo também sentiu-se mal. O dono da chácara não conseguiu resgatá-lo e acionou o Corpo de Bombeiros. Quando os socorristas chegaram ele já estava morto. O corpo foi resgatado por volta das 16h.

Socorro

Souza foi conduzido ao Hospital Evangélico, em Curitiba, com problemas respiratórios. Até a noite de ontem permanecia internado. Antes da chegada do Siate, a filha do chacareiro, Fernanda Della Colleta Pereira, 19, – que é estudante de Enfermagem -prestou atendimento a Souza, que sofreu convulsões ao chegar na borda do poço. Segundo o perito Antônio Siqueira, da Polícia Científica, o corpo humano necessita de pelo menos 18% de oxigênio para manter suas atividades vitais. Então é provável que, no fundo do poço, essa concentração fosse menor, o que levou Araújo à morte.

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