Doze pessoas acusadas de comercializar drogas na região central da cidade foram presas por policiais da Delegacia Antitóxicos. Durante a operação, cerca de cem gramas de crack – distribuídos em 3 mil pequenas pedras -, foram apreendidas, além de cachimbos, uma folha de cheque em branco, e R$ 400,00, distribuídos em cédulas de R$ 1,00, R$ 2,00, R$5,00 e R$ 10,00.
Claudecir Rosa de Oliveira, 26 anos; Marcos José da Silva, 31; Vanilda Camargo dos Santos, mais conhecida como “Vanessa”, 28; Maria dos Anjos Tavares dos Santos, a “Kátia”, 36; Eliane Pinheiro dos Santos, 33, chamada de “Tonhão”; Roseli Rosa da Conceição, 29; Jean Robert Borges, 23, e Manoel Pereira de Lima, o “Tramontina”, 33, foram presos e autuados em flagrante. A polícia ainda prendeu Sérgio Antônio Vieira, o “Sérgio Malandro”, 50, e Tâmara de Jesus Prestes, 20, que estavam com mandados de prisões decretados desde a operação anterior, realizada pela Antitóxicos. Jorge Alexandro de Oliveira, 29, foi detido como usuário, mas ficou recolhido porque tinha contra si quatro mandados de prisão, a maioria por estelionato.
Prova do crime
O delegado Alfredo Dib, titular da Antitóxicos, salientou que a quantidade de droga apreendida não é grande, mas a preocupação da polícia é fornecer elementos para o Judiciário, para que essas pessoas permaneçam maior tempo atrás das grades. “A pretensão não era grande quantidade, mas a prova do crime”, frisou. “Apesar do volume de droga ser pouco, se computado diariamente o que é distribuído, cresce sensivelmente porque a venda é feita durante 24 horas”, explicou o delegado, informando ainda que foram três meses de muito trabalho para colocar todos atrás das grades.
O trabalho inclui inúmeras horas de filmagens e observação para prender as pessoas que realmente comercializam drogas na área central. “É difícil combater o comércio de drogas estilo “formiguinha?, “pedra-por-pedra?, pois os distribuidores guardam a droga na boca e ao verem a polícia a engolem. Sabemos que para os distritos policiais é difícil fazer este trabalho, mas nós estamos aparelhados”, ressaltou, prometendo fazer operações constantes na região central, apontada como uma das mais problemáticas da cidade. Entre os trechos tidos pela polícia como de grande concentração de traficantes estão a Praça Generoso Marques e as ruas Saldanha Marinho e Cruz Machado.
O delegado avisa que a operação batizada de “Dissimulação”, continua. Ele explica que o trabalho recebeu está denominação porque enquanto policiais do Grupo Fera abordavam pessoas no centro da cidade, policiais militares faziam batidas, desviando a atenção dos “olheiros”, e policiais da Antitóxicos se infiltravam em pontos estratégicos para prender e filmar os traficantes. “Um dos olheiros é o Manoel, conhecido como Tramotina”, contou.
Dupla
A maior apreensão realizada na operação foi de 83 gramas, que estavam em poder de Claudecir e Marcos. Residentes em São José dos Pinhais, eles estavam repassando o crack para Maria dos Anjos, no momento em que receberam voz de prisão.
Já Jorge foi apanhado com três pedras de crack, logo após comprá-las de Vanilda. Ele iria ser enquadrado apenas como usuário e liberado. Por este motivo forneceu o nome falso de Osnei Marcos Simione, mas ao ser descoberta a sua verdadeira identidade, os policiais apuraram que ele tem quatro mandados de prisão.