A Estação Coronel Luiz dos Santos, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Boqueirão, está nos dois primeiros lugares do ranking de estações-tubo mais assaltadas no ano passado. O primeiro lugar ficou para o sentido bairro, com 181 assaltos, e o segundo para o sentido centro, com 163. Em 2014, segundo o Sindicato das Empresas de ânibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), que elaborou o ranking, ocorreram 3.567 assaltos a estações-tubo e linhas da Rede Integrada de Transporte (RIT), 15% a mais do que no ano anterior.
A reportagem da Tribuna conversou com um cobrador da Estação Coronel Luiz dos Santos. O trabalhador, que preferiu não se identificar, contou que somente com ele ocorreram mais de 40 assaltos. “Perdi as contas. Mas o número diminuiu neste ano, depois que o bandido foi preso”, contou.
O cobrador disse que o suspeito, conhecido como “Polaco”, foi preso há mais de um mês. “Esse rapaz usava o nosso tubo como um banco. Vinha, pelo menos, uma vez na semana, quando não todos os dias”, comentou. E quando os cobradores que atuam nestes tubos pensaram que tudo ficaria mais calmo com a prisão de “Polaco”, outro bandido começou a assaltar as estações, dizendo que vinha a mando do preso.
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O cobrador relatou ainda que, recentemente, os assaltos no período da manhã pararam, mas à tarde e à noite continuam. “Já não sabemos mais o que fazer. Deixar de trabalhar não podemos, então, nos resta ficar à mercê dos bandidos mesmo”, lamentou.
Um passageiro que esperava o ônibus relatou que já presenciou um assalto. “Sempre pego ônibus neste tubo e, quando não preciso usar o transporte público, fico por aqui para conversar com o cobrador. Em um desses dias, o bandido assaltou e ainda agradeceu a vítima por não reagir”, disse o rapaz.
Prejuízo
Conforme os dados do Setransp, no ano passado, a média de roubos a estações-tubo e linhas da RIT foi de 9,77 por dia. No ano anterior, foram 3.087 assaltos e média de 8,46 por dia, ou seja, um aumento de 15%. O prejuízo em 2014 foi de R$ 607.536,60, 14% a mais que em 2013 (R$ 533.896,55). A linha mais assaltada foi a Trabalhador, que faz o percurso entre o bairro Centenário e a Cidade Industrial, com 37 registros no ano passado.