OEA diz que Brasil deve investigar crimes

Realizada ontem em Washington (EUA), a reunião do grupo de trabalho da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), recomendou ao Brasil que investigue de forma imparcial os crimes ocorridos no campo. Na pauta do encontro estavam a análise de um assassinato arquivado e um grampo supostamente autorizado de forma irregular, ambos ocorridos no Paraná.

Segundo a ONG Justiça Global, uma das peticionárias do caso, apesar da ausência de um representante do governo paranaense, o contraparte do governo brasileiro se comprometeu a convencer a administração estadual a acatar as recomendações propostas pela CIDH. Entre elas, estão ainda a recomendação de uma reparação justa à família do assassinado, adotar e implementar ?medidas necessárias para que sejam observados os direitos humanos nas políticas governamentais que abordam a ocupação da terra? e de ?medidas adequadas destinadas a fim de evitar a proliferação de grupos armados que promovam desocupações arbitrárias e violentas?.

Um dos casos discutidos, ontem, diz respeito à morte do trabalhador rural Sétimo Garibaldi, ocorrida em novembro de 1998, durante a ocupação da Fazenda São Francisco, em Querência do Norte. Cerca de 20 homens armados teriam invadido o acampamento e atirado contra ele. O inquérito do crime foi arquivado em 2004 e, mesmo com testemunhas, nenhum dos responsáveis foi indiciado.

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