A população de Curitiba e Região Metropolitana tem motivo pra sentir-se um pouco aliviada: o número de mortes violentas caiu 15,7% neste primeiro bimestre, em comparação aos dois primeiros meses do ano passado. Foram 251 mortos em 2013, contra 298 em janeiro e fevereiro do ano anterior, ou seja, uma diferença de 47 crimes.
Quando a comparação entre os dois bimestres resume-se apenas à capital, a porcentagem é um pouco menor, porém ainda assim é motivo de alívio: a redução chegou a 11%. Foram 127 crimes em 2012 e apenas 113 este ano. O levantamento da Tribuna difere da divulgada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, no começo do mês, que indica a redução de 20% na quantidade de homicídios dolosos em Curitiba. Reunindo-se todos os municípios da Região Metropolitana e excluindo apenas Curitiba, a redução é mais expressiva, chegou a 19,2%.
Cidades
Na comparação do mês de janeiro para fevereiro, boa parte dos municípios da Região Metropolitana teve uma redução no número de mortes violentas: Campo Largo (-75%), Almirante Tamandaré (-43,7%), Campo Largo (-33%), Colombo (-30%), entre outros que tiveram reduções menores. Curitiba apresentou queda de 31%, ou seja, foram 67 crimes em janeiro, contra 46 em fevereiro. No ano passado, a redução de janeiro para fevereiro chegou a apenas 11%.
Os únicos municípios que nada podem comemorar de um mês para o outro são Pinhais e São José dos Pinhais. O primeiro, na verdade, tem uma explicação: comemorou um janeiro extraordinariamente atípico, sem nenhum crime. Mas em fevereiro a cidade “recuperou o fôlego” e já registrou seis homicídios. Em São José dos Pinhais ocorreram oito mortes no primeiro mês. Já em fevereiro a marca chegou a 11. Em números absolutos, são apenas três crimes de diferença, mas que representam, em porcentagem, um acréscimo de 37,5%.
Dos bairros da capital, a maioria obteve redução na quantidade de mortes. Até a Cidade Industrial, que sempre figura no topo dos mais violentos, conseguiu diminuição de 36%. Foram 11 crimes em janeiro, contra sete no mês passado.
O governo atribuiu a redução a vários fatores, como a contratação de novos policiais, reaparelhamento das polícias, a instalação das Unidades Paraná Seguro (UPS) nos locais tidos como mais violentos, as várias operações de segurança, entre outras ações. “Estamos combatendo de maneira implacável a criminalidade, caçando e punindo os criminosos nos rigores da lei”, disse o governador Beto Richa, numa cerimônia de entrega de novas viaturas, no dia 10.
