Sete pessoas que voltavam de uma festa de casamento – entre elas o noivo e três crianças – morreram numa colisão às 18h de sábado, no quilômetro 142 na BR-476 (antiga 116), Pinheirinho. Todas pertenciam à mesma família e ocupavam um Santana, que bateu de frente em um ônibus lotado da linha metropolitana Integrar-Tupi. Outras 11 pessoas, incluindo um bebê de dez meses, único sobrevivente do carro, ficaram feridas.
O promotor de vendas Waldir Aparecido da Silva, 23 anos, casou-se no dia 30 de agosto e promoveu uma festa sábado, numa associação no bairro do Tatuquara. A certa altura da comemoração, saiu para comprar mais comida e bebida para os convidados. Emprestou o Santana ANJ-0988 de um amigo e aproveitou para dar carona a alguns parentes que iam embora. A noiva, Eliane, e outras pessoas ficaram no clube.
Fechada
A tragédia aconteceu durante o trajeto. O Santana teria sido fechado por um ônibus não identificado e perdeu o controle. Waldir, que estava ao volante, atravessou o canteiro central e voou em direção ao ônibus Ford AVM-0086, da empresa Transtupi, que vinha no sentido contrário (Curitiba-Fazenda Rio Grande). Em seguida o Fusca AAX-3567 bateu na traseira no coletivo.
Seis dos oito ocupantes do Santana morreram no local: Waldir; a cunhada dele Elisângela Oliveira Silva, 28 anos, vendedora de móveis; a filha dela, Maria Vitória Oliveira Pereira, 3; Ivone Fátima da Silva, 40; Caroline Fátima da Silva, 12, e Francisco José da Silva Júnior, 5, ambos filhos de Ivone. Leandro de Jesus Silva, 27, vigilante, morreu dentro da ambulância do Siate. Somente o pequeno Vítor Igor de Oliveira Vieira, 10 meses, filho de Elisângela, sobreviveu.
Tiveram lesões leves nove dos cerca de 60 passageiros do ônibus e o condutor do Fusca, Iraclides de Souza, 51. Todos foram socorridos pelo Siate e levados aos hospitais do Trabalhador e Cajuru.
O motorista da linha Integrar-Tupi, Odorico Rodrigues, 40 anos, saiu ileso. Ele conta que vinha a 50 km/h e não percebeu como o Santana se desgovernou. “Só vi o carro no ar, vindo em minha direção. Tentei frear, mas já estava em cima. Foi o maior susto da minha vida”, falou.
Parentes e amigos do noivo não confirmaram se ele ingeriu bebida alcoólica antes do acidente. Com a demora no retorno de Waldir, os convidados deixaram a festa a partir das 20h, sem saber da tragédia.
A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Científica colheram dados no local do acidente para esclarecer as causas.