Morto em Piraquara tinha número da Narcóticos no celular

Pelo menos 20 tiros acertaram o Gol placa KNM-6782, dirigido por Isac Augustinho da Luz, 36 anos, às 10h de ontem, na Rua Lilian de Carvalho Nemekeski, esquina com a Rodovia João Leopoldo Jacomel, na Vila Iraí, em Piraquara. Isac morreu na hora com tiros na cabeça.

Quando os policiais Marques e Dranka, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, chegaram no local, encontraram o carro com a chave na ignição, a ventoinha ligada, e o motorista morto. “Foram muitos tiros, e segundo um rapaz, morador da região, um Peugeot preto passou pelo local e os cinco ocupantes estavam armados e atiraram na vítima”, explicou.

Somente do lado direito do carro foram encontrados 12 furos de pistola calibre 380, 9 milímetros e 40. Alguns rapazes, segundo eles, sem saber da importância em preservar um local do crime, recolheram várias capsulas, e até o celular da vítima.””Pegamos para poder avisar a polícia”, contaram. Segundo eles, na agenda de telefones da vítima, havia o número do Denarc.

Os moradores disseram que Isac morava em casa alugada, a cerca de 100 metros de onde foi encontrado pelos assassinos. Um amigo dele havia alugado, e depois de algum tempo ele chegou. “Ele conversou conosco e disse que ficaria morando na casa, no lugar do amigo. Há uns dois meses policiais civis vieram atrás do amigo dele, mas já não estava ali”, contou o dono da casa. Ele disse também que quando ficou sabendo que a polícia tinha ido na casa, o avisou que não queria confusão. “Na verdade a gente nem conhecia ele direito”, completou.

Caso igual em Tamandaré

Fábio Alexandre
Vítima tinha saído do trabalho perto de onde foi morto.

Da mesma forma que Isac Augustinho da Luz foi assassinado na Vila Iraí, o açougueiro José Carlos Nunes Pereira, 40 anos, pai de três filhos, foi executado dentro do Gol que dirigia, às 22h de sábado, na Rua Vereador Gustavo Joepter, em Tranqueira, Almirante Tamandaré. Segundo testemunhas, um carro encostou ao lado do veículo e os ocupantes dispararam vários tiros de pistolas calibre 40 e 380, de calibre 12 e de revólver calibre 38. João era casado, pai de três filhos e não tinha passagens na polícia.

Segundo testemunhas a vítima havia trabalhado o dia todo em um mercado próximo de onde o crime aconteceu. Quando ia para casa foi surpreendido pelos assassinos. O soldado Costa, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, informou que pela quantidade de tiros e pelos cartuchos de armas diferentes, várias pessoas cometeram o crime. “Recolhemos mais de 30 cápsulas, no entanto, todas as pessoas que deram informações sobre a vítima, garantiram que era trabalhador e não tinha motivos para ser morto dessa forma”, contou.

Não é descartada a hipótese das duas execuções terem sido praticadas pela mesma quadrilha.