Moradores da Vila Barigüi protestam por segurança

Os moradores da Vila Barigüi, Cidade Industrial, estenderam faixas e colocaram fogo em pneus para fechar o cruzamento das ruas Desembargador Cid Campelo e Algacir Munhoz Maeder, no final da tarde de ontem, em Curitiba. Eles reclamam que depois que as duas ruas foram asfaltadas, há um ano, vários acidentes ocorreram no local. Exigem que um redutor de velocidade seja instalado.

Um dos últimos acidentes ocorreu em fevereiro deste ano. O marido de Maria Pedralina da Silva, 54 anos, foi atropelado no canteiro que separa as duas pistas da Rua Algacir Munhoz. “O carro veio em alta velocidade e o motorista se descontrolou”, lembra. Depois de 28 dias no hospital o marido dela foi para casa, mas está com um dos lados do corpo paralisado. “Depois que ele ficou de cama pegou até pneumonia”, conta.

Chirlene da Silva, 37 anos, diz que dois dos seus filhos já foram atropelados. O acidente com o menino de 11 anos ocorreu há um ano quando ele ia buscar o irmão menor na escola e o acidente com o outro, de 19 anos, ocorreu em dezembro de 2002. O último chegou a quebrar a clavícula.

Asfalto

Os moradores afirmam que o problema começou depois que as ruas que fazem ligação com o Contorno Sul foram asfaltadas, sem que nenhum redutor de velocidade fosse instalado. “Podem ser até aquelas tartarugas. Algo precisa ser feito”, ressalta ela.

Segundo eles, a situação é preocupante já que alunos de três escolas estão em risco. Shirlei Gracia, 37 anos, trabalha em uma loja que fica em uma das ruas e diz que vive ajudando as crianças na travessia. Seus quatro filhos já foram atropelados. Jéssica C. Monasterk, 10 anos, precisa ir sozinha para o colégio, comenta que é difícil passar por ali. “Vem muito carro, a gente precisa prestar muita atenção”.

Maria explica que já se reuniram na associação de bairro, fizeram abaixo-assinado e entregaram à Prefeitura, mas até agora nada foi resolvido. “É muita gente correndo perigo. Às vezes a gente tem que esperar até 20 minutos para passar”, reclama. Quase no final do protesto a Polícia Militar foi até o local e chamou o Corpo de Bombeiros para apagar o fogo.

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