Leandro Gomes da Silva, 20 anos, foi assassinado a tiros na noite de quarta-feira, na continuação da Rua Reinaldo Richter, que margeia a área de invasão no Jardim Santos Andrade, no Campo Comprido. Leandro estava ao redor de uma fogueira, quando, segundo comentários de moradores, um adolescente, de 13 anos, conhecido na região, se aproximou e atirou contra o rapaz. Uma moradora ainda disse que esse adolescente seria de Colombo, morador de rua, e que sempre circula na região onde ocorreu o crime.
Elza da Silva, mãe do rapaz morto, contou que o filho não trabalhava e não tinha endereço certo. "Às vezes ficava na casa do padrasto, em outro bairro, e às vezes lá em casa, na Vila das Malvinas. Esta noite, ele dormiu lá em casa e veio até aqui para "puxar? (cheirar) tíner com os piás", contou a mãe, que afirmou que o único vício do filho era o solvente, e que ele não usava outro tipo de droga.
Ela disse que o motivo do assassinato não está relacionado a Leandro, e sim a ela. Há nove anos, outro filho, de nome Leonardo, tinha oito anos, foi queimado e morto. Uma pessoa jogou álcool no garoto e ateou fogo. A mãe acredita que seus dois filhos foram assassinados por uma pessoa que tem desavenças com ela, mas Elza preferiu não revelar o nome. "Já tentaram tirar até um terreno de mim e, como não conseguiram, estão acabando comigo fazendo isso com meus filhos", disse a mulher, que ainda têm mais um casal de filhos, mais velhos que Leandro.
O sargento Bossoni, do Projeto Povo Campo Comprido, acredita que o jovem veio até a invasão para comprar e consumir drogas e, por ter dívidas com algum traficante, foi morto. Esta também é a hipótese em que acreditam os investigadores Lima e Lopes, da Delegacia de Homicídios, que estiveram no local colhendo os dados iniciais da investigação.