Marceneiro executado a tiros no Boqueirão

A morte veio por encomenda para o marceneiro Antenor de Souza, 59 anos. Ele foi assassinado a tiros quando chegava em sua casa na Rua Carlos Essenfelder, Boqueirão, às 20h15 de terça-feira. Suspeita-se que o ex-marido de sua namorada tenha mandado matá-lo, segundo apurado por policiais militares do Regimento de Polícia Montada, RPMont, que atenderam a ocorrência. Dois suspeitos foram detidos nas Moradias Cajuru, cerca de uma hora depois, e encaminhados à Delegacia de Homicídios. Lá, confessaram a participação no crime e afirmaram que serviram apenas como condutores. Também apontaram o nome dos demais integrantes do grupo, inclusive do autor dos disparos.

Crime

Antenor mal teve tempo de abrir a porta de seu carro, parado em frente ao portão de sua residência. Um Gol branco, com cinco pessoas dentro, se aproximou e o motorista desceu para desferir vários tiros em sua direção. Dois projéteis atingiram a lateral da porta aberta do carro, um a traseira do veículo e outro a grade da casa. A vítima foi ferida nas mãos, e na lateral do peito. “A bala atravessou os pulmões e os ferimentos nas mãos devem ter sido feitos quando a vítima tentou defender-se”, comentou a perita Jussara Joeckel, da Polícia Científica, em avaliação preliminar. Outro tiro passou de raspão pelo peito de Antenor, que caiu ao lado do carro.

Detidos

Uma testemunha disse ter visto um homem sair do carro e atirar, enquanto os outros ocupantes ficavam apenas como espectadores do crime. O cabo Moreski e os soldados De Sá, Cleverson e Gehring, conseguiram descobrir a placa do veículo e repassaram a outras viaturas que o localizaram nas Moradias Cajuru. “O condutor disse ter ganho 500 reais para levar o matador até o local”, relatou Moreski.

Na Delegacia de Homicídios, os detidos Marlus Dec e Edson do Carmo Silvestre contaram ao delegado Wilson Jacob as suas versões para o crime. Segundo Marlus, ele pegou o carro do pai e foi buscar em São José dos Pinhais, Edson, Jeferson, o “Jeffinho”, Jean e outro Jeferson, mais conhecido por “Deto”. Este último foi apontado como o autor dos disparos.

O interrogado contou que não sabia que iria acontecer um homicídio e que o grupo havia se encontrado para cobrar uma conta. Marlus e Edson foram encaminhados ao 7.º DP (Vila Hauer) e posteriormente conduzidos ao Centro de Triagem.

Acusação

Nita Clalmann, 42 anos, namorada de Antenor, acredita que tenha sido seu ex-marido Basílio Chipaki o mandante do crime. “Os dois trocavam ameaças e existe queixa de ambos no 7.º DP”, relatou o cabo Moreski. A mulher teria ouvido a “negociação” de Basílio com o suposto matador de aluguel, que atende pelo nome de “Jorginho”, há cerca de um mês. Ela foi casada por 21 anos com Basílio e há três estava divorciada. “Ele está brigando pela partilha dos bens”, informou. Há dois anos, ela vinha se relacionando com Antenor, mas os dois não moravam juntos.

Essas informações foram colhidas pelos investigadores Edineu, Helizabet e Denise, da Delegacia de Homicídios, e repassadas ao delegado Jacob. Segundo ele, a acusação feita por Nita ainda será averiguada.

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