Madrasta acusada de assassinato de criança por espancamento

O cruel assassinato de Nikson de Freitas, de um ano e nove meses, só foi revelado na necropsia. Quando sua madrasta procurou socorro médico, disse que o roxo na barriga da criança era mal-estar e, em seguida, que era resultado de um tombo. O menino morreu enquanto era atendido, por volta das 16h de domingo, num posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da BR-376, em Contenda, São José dos Pinhais. Quando o corpo chegou ao Instituto Médico-Legal, os legistas constataram que Nikson morreu por agressão.

A Polícia Civil local instaurou inquérito por homicídio e solicitou a prisão temporária da madrasta, para que ela explique por que mentiu e por que desapareceu após a morte do menino. Até que o nome dela seja levantado corretamente pela polícia, será mantido em sigilo.

Socorro

Junto ao posto da PRF em Contenda, há um módulo de resgate médico, a que os moradores costumam recorrer. Na tarde de domingo, a madrasta de Nikson procurou o posto porque a criança passava mal. Nikson já chegou desmaiado e os socorristas quase nada puderam fazer para salvar sua vida.

Vendo a criança sem vida, a madrasta mudou a versão, de congestão para queda, a fim de justificar a barriga roxa da criança. A história soou estranha aos socorristas e médicos, que chamaram o IML e o Instituto de Criminalística.

A perícia inicial constatou indícios de violência contra Nikson e, prontamente, a Polícia Militar foi acionada. Porém, a mulher desapareceu e até a noite de ontem, permanecia sumida.

Hemorragia e machucados

Segundo Altair Ferreira, superintendente da delegacia da cidade, o exame constatou rompimentos do baço, hemorragia no tórax e diversos hematomas e escoriações pelo corpo. Vizinhos relataram ao policial que a madrasta não tinha muito zelo pela criança. O pai declarou à polícia que não reparou o roxo na barriga do filho, nem as escoriações e hematomas no corpo. Apenas percebeu que o garoto vomitava há algumas horas.

O pai ainda disse a Ferreira que a mãe biológica de Nikson mora em Pitanga. Há cerca de seis meses, ele trouxe o menino, pois teria melhores condições de tratar a anemia e alergia que o garoto apresentava.

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