Louco tenta matar família na Vila Itatiaia

Após jogar gasolina no corpo de sua mulher e ameaçar atear fogo, o pedreiro Ari Fagundes, 36 anos, foi morto em confronto com policiais militares, na madrugada de ontem, em São José dos Pinhais. Segundo a polícia, Ari ainda teria feito a mulher e os dois filhos reféns, no interior da residência onde morava, na Rua Francisco Geremias, na Vila Itatiaia.

Na troca de tiros, um policial foi ferido com um tiro de raspão no rosto, próximo aos olhos.

Quem acionou a polícia foi a mulher de Ari, informando que o marido havia jogado gasolina em seu corpo e em toda a casa e, transtornado, ameaçava atear fogo nela e na residência. De acordo com testemunhas, ele já teria queimado algumas roupas da mulher. ?Ela ligou direto para o celular da viatura do Projeto Povo, que rapidamente chegou no local, por volta das 23h30. Os policiais tentaram conversar com ele, mas o homem começou a atirar de dentro da casa?, contou o capitão Cavalheiro, sub-comandante da Companhia de Choque da Polícia Militar.

Sem poder reagir, porque perto do atirador estavam a mulher e as duas crianças, os policiais solicitaram apoio. ?Em seguida, chegou o pessoal da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) e do serviço reservado. A casa foi cercada e foi iniciada uma tentativa de negociação com Ari, sem sucesso?, continuou o capitão. Segundo moradores, a cena era assustadora, com diversas viaturas no local e muito barulho.

O clima esquentou ainda mais quando chegaram os policiais da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone). ?Eles tentaram conversar com o marido, mas foram recebidos a tiros.

Neste instante, os filhos e a mulher conseguiram fugir e correram em direção aos policiais?, explicou Cavalheiro.

Sem reféns na casa, a polícia aproximou-se. O pedreiro pulou um muro e entrou na residência vizinha. ?Durante a perseguição, ele atirou e, no revide, foi atingido?, disse.

Ferido, Ari foi encaminhado pelos policiais até o Hospital Cajuru, onde morreu por volta da 1h. No local, foram apreendidos dois revólveres calibre 38, um deles utilizado por Ari e o outro encontrado na casa onde ele foi baleado.

Ontem pela manhã, vizinhos do pedreiro contavam que ele era um homem trabalhador e que não entendiam porque ele havia agido daquela forma. ?Foi comentado, por familiares, que ele estaria tendo problemas mentais?, observou o capitão.

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